Anápolis • atualizado em 08/10/2021 às 12:23

Ginecologista investigado por crimes sexuais é preso novamente, em Anápolis

O ginecologista foi preso a primeira vez no dia 29 de setembro após a denúncia de três vítimas. (Foto: Divulgação)
O ginecologista foi preso a primeira vez no dia 29 de setembro após a denúncia de três vítimas. (Foto: Divulgação)

Na manhã desta sexta-feira (8 ), a equipe da Delegacia Especializada de Atendimento a Mulher (Deam )de Anápolis prendeu o médico ginecologista Nicodemos Júnior Estanislau Morais, de 41 anos, investigado na Operação Sex Fraud. O médico respondia ao processo em liberdade, mas foi detido após um novo pedido de prisão por vítimas em Abadiânia. Nicodemos Junior é suspeito de crimes sexuais contra pacientes durante consultas e através de redes sociais.

O ginecologista foi preso a primeira vez no dia 29 de setembro após a denúncia de três vítimas. Depois, mais de 50 mulheres procuraram a delegacia para registrar denúncia.

No último dia 4 de outubro, o médico ganhou liberdade provisória e era monitorado por tornozeleira eletrônica. O Conselho Regional de Medicina (Cremego) interditou o registro dele por seis meses. . A prisão atual é referente a um novo inquérito relacionado a três vítimas de Abadiânia.

As pacientes relatam diversos tipos de comportamentos e comentários com conotações sexuais por parte do ginecologista. Uma das vítimas disse que, durante uma consulta no ano passado, o médico elogiou seus olhos e também o órgão sexual. Em seguida, perguntou sobre sua relação sexual com o marido.

“Eu fiquei congelada e ele fazendo manipulações, isso tudo com os dois dedos introduzidos na minha vagina. Eu não consegui nem respirar no momento. É uma situação que a gente nunca espera que vai acontecer”, contou.

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Outra paciente relata que foi abusada pelo ginecologista durante o atendimento. Ela decidiu falar sobre o caso após a prisão do suspeito. “Ele teve conversas inadequadas, me mostrou sites obscenos, brinquedos eróticos e tocou em mim não da forma que um ginecologista deveria tocar. Quando ele colocou minha mão na parte íntima dele, sabe?”, disse a paciente, que não quis se identificar.

Entre as denúncias, uma vítima que na época tinha apenas 12 anos, hoje com 20 anos ela procurou a delegacia para denunciar o médico. Durante o atendimento, segunda ela, o médico sugeriu a leitura de material pornográfico.

“Ele veio me falar que eu podia começar a me masturbar. Me mostrou histórias em quadrinho pornô e vídeos. Me mandando os links e quais eu podia assistir. Depois levantou, pegou minha mão e colocou nele, na parte íntima dele”, relata.

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