Segundo levantamento da Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia (SMS), emitido na última terça-feira (25) 76% das pessoas internadas em Unidades de Tratamento Intensivo (UTI´s) da rede pública municipal, diagnosticadas com coronavírus, 16 estavam com o esquema vacinal em atraso ou não eram vacinadas, o que representa 76% das internações. 62% delas já poderia ter recebido a dose de reforço do imunizante, mas não procurou os postos. 13% não tinha recebido nenhuma dose da vacina.
Ainda de acordo com a SMS de Aparecida, a população idosa permanece como maioria entre as internações em UTI´s para tratamento da covid-19. “71% das internações em unidades intensivas no dia 25 era entre pessoas com mais de 60 anos. Característica que permanece desde o início da pandemia. Contudo, agora, a população tem uma arma poderosa contra o vírus: a vacinação. É muito importante que todos completem o esquema vacinal com a dose de reforço. A terceira dose é fundamental para manter a proteção”, afirma o secretário de Saúde, Alessandro Magalhães.
Ainda segundo o gestor, o levantamento realizado no dia 25 apontou que 15 idosos estavam internados em UTI para tratamento da Covid-19. Desse total, apenas um ainda não estava apto a receber a dose de reforço e 14 já tinham alcançado o intervalo necessário para recebimento da terceira dose. Contudo, desses, apenas 4 procuraram os postos para completar o esquema vacinal. Ou seja, dos 15 idosos internados, 10 estavam com o cartão de vacina em atraso.
“Esse dado serve de alerta para a sociedade. 93% das pessoas com mais de 60 anos que precisaram de tratamento intensivo em Aparecida, na data analisada, poderiam estar completamente imunes e assim ter menos chances de internação, já que a maioria recebeu a segunda dose em abril do ano passado. Mas, apenas 20% tinha tomado as três doses. 7% tinha acabado de receber o reforço e, por conta do prazo, ainda não estava totalmente imune”, completou o secretário.
Alessandro Magalhães detalha ainda que 29% das internações em UTI para tratamento da covid-19, no dia 25, era entre pessoas de 40 a 59 anos: “Foram seis casos nessa faixa etária. Desses, metade não tinha recebido nenhuma dose da vacina. Três deles receberam a primeira e a segunda dose, mas não completaram o esquema vacinal com a dose de reforço, mesmo já tendo alcançado o prazo para tanto. Eles poderiam ter sido imunizados no mês de novembro”.
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Cobertura vacinal
De acordo com o último boletim da vacinação contra a covid-19 divulgado pela SMS, até o dia 19 de janeiro, Aparecida já havia aplicado 862.791 doses de vacina contra a covid-19. Dessas, 417.335 foram de primeira dose e 356.861 foram de segunda dose.
O número indica que 87,3% da população com mais de 12 anos, estimada em 477.878 moradores, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), já recebeu ao menos a D1 e 78,1% recebeu a D2.
Sobre a dose de reforço, 71.296 pessoas procuraram os postos do município com o objetivo de completar o esquema vacinal com a “terceira dose”. Ou seja, 14,9% da população acima de 12 anos recebeu a D3 ou “dose de reforço da Janssen”. Segundo estimativa da pasta, cerca de 60 mil pessoas estão no prazo ideal para receber o reforço, sendo que muitos desses estão em atraso.
Até a última quinta-feira (27) 71% dos leitos de UTI da rede pública municipal destinados ao tratamento da Covid-19 estão ocupados. O superintendente de Regulação, Avaliação e Controle da SMS, Luciano de Moura, explica que, atualmente, Aparecida conta com 98 unidades intensivas para acolhimento de pacientes com suspeita ou confirmação de contaminação pelo novo coronavírus.
“Nos hospitais da rede municipal, todos os pacientes com Síndrome Respiratória Aguda Grave que precisam de internação são tratados como casos suspeitos de covid-19 e ocupam os leitos destinados ao tratamento da doença até a conclusão do diagnóstico, realizado por meio da testagem feita regularmente entre os internados. Sobre isso, temos observado que com o avanço da vacinação, as confirmações de covid diminuíram. Além disso, pacientes vacinados têm uma possibilidade maior de cura e sucesso no tratamento, já que as chances de agravamento são menores”, avaliou o superintendente.
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