A pequena Maria Clara de Aguiar, de dois meses, recebeu alta na nesta quinta-feira (16/07), após ficar internada por 22 dias na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) pediátrica do Hospital Municipal de Aparecida (HAMAP). A bebê deu entrada na unidade de saúde com quadro de laringomalácia, distúrbio caracterizado pelo colapso das cartilagens laríngeas durante a inspiração, com obstrução da glote.
A saída de Maria Clara do hospital foi marcada com uma ação lúdica e humanizada promovida pela equipe multiprofissional da UTI. “A Maria Clara é uma paciente que nos quase três meses de vida passou praticamente internada na UTI, a mãe dela veio pro HMAP muito ansiosa em função disso, pois é muito angustiante a criança ter toda a vidinha dela na UTI”, explica a pediatra Larissa Araújo.
De acordo com a médica, a pequena Maria Clara passou por dias difíceis na internação e fez vários exames. “Nós decidimos dar uma alta humanizada, lúdica para ela. Reunimos toda equipe multidisciplinar para ensinar a mãe todos os cuidados que são necessários em casa com uma paciente prematura, para mãe sair do hospital segura da alta e que ela vai conseguir cuidar da filha, independente de todos os diagnósticos. A equipe ensinou a mãe como administrar os remédios, como posicionar a bebê para dormir e para mamar. É muito bacana esse vínculo entre equipe, paciente e família”, afirma.
Com a ação humanizada, a mãe pôde tirar todas as dúvidas em relação aos cuidados com a filha e se sentiu acolhida e segura. “Ela sentiu que tem uma equipe com quem contar, não só com quem ela contou durante a internação, mas com quem ela pode contar, caso precise, depois da alta”, relata a médica.
Para a psicóloga da UTI pediátrica, Nayara Ruben o atendimento humanizado está vinculado à criação e manutenção do vínculo entre a mãe e o bebê. “Durante toda a internação a gente trabalha no sentido de manter e fortalecer esse vínculo. Com a alta humanizada, a intenção é deixar essa mãe o mais segura possível com a filha em casa. Nosso intuito foi preparar mãe para enfrentar o que vem pela frente e nos colocar como uma rede de apoio, o que é importante neste momento. Mesmo recebendo alta a psicologia está a disposição com atendimentos ambulatoriais para a família, caso precisem de um apoio ou acolhimento”, finaliza.
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