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Reunião entre prefeitos e Caiado define o rumo das restrições no comércio em Goiânia e região

Prefeito de Goiânia, Rogério Cruz, ao lado do prefeito de Aparecida Gustavo Mendanha e do governador de Goiás, Ronaldo Caiado anunciam novas medidas restritivas na capital e região metropolitana (Foto: Secom/Prefeitura de Goiânia)

Os prefeitos da Região Metropolitana de Goiânia vão voltar a se reunir com o governador Ronaldo Caiado (DEM) na manhã deste sábado (13/03) para decidir o futuro das restrições para contenção da Covid-19 nos municípios. A tendência é manterem as restrições nas cidades, com alguns entes fazendo algumas alterações. Aparecida de Goiânia, por exemplo, anunciou que irá mudar a estratégia e retornar ao escalonamento regional, nos moldes do já experimentado durante a primeira onda da pandemia.

Um prefeito da Região Metropolitana revelou ao Diário de Goiás, site parceiro do site Altair Tavares, que as restrições impostas ao longo das últimas semanas não alteraram o cenário de crise. “Nada mudou”. Questionado se a tendência era manter as restrições ele falou que a situação é alarmante com “hospitais abarrotados” e filas de espera para leitos de UTI. A preocupação é evidente.

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“Nós vamos estar conversando com os outros prefeitos da região e com o governador para tomar uma decisão em conjunto. Estamos com nossos hospitais abarrotados. Goiás tem mais de 600 pedidos de UTI, não existem vagas. Estamos muito preocupados com a situação”, destacou.

Essa semana, Caiado já havia se reunido por meio de videoconferência com representantes do poder judiciário e legislativo, em que o governador manifestou preocupação com relação à dificuldade de manter o isolamento social e os decretos em atividade na Região Metropolitana. Apesar de existir dificuldade em impor novas medidas restritivas, a tendência é aumentar a fiscalização durante os próximos dias. 

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A expectativa é que até o começo da noite, haja uma definição com relação aos novos nortes para a região nos próximos dias. Nos últimos dias houve um crescente movimento pedindo flexibilização em torno das restrições impostas. Manifestantes políticos e empresários foram ao Paço por várias vezes e chegaram a ameaçar invasão à Prefeitura. 

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Na última quarta-feira (10/03) o sistema municipal de Saúde entrou em colapso. No começo daquela noite, nenhuma das unidades próprias ou contratadas disponibilizava leitos de UTI ́ aos pacientes de Covid. De 256 vagas contratadas e próprias, a Saúde de Goiânia tinha ocupação total. Nas vagas de enfermaria para pacientes infectados pelo Coronavírus, de 207 vagas estavam ocupadas 180. 12 estavam vagas enquanto outros 15 estavam bloqueados.

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Um dia após o colapso, na quinta-feira (11), 22 novos leitos foram abertos no Hospital das Clínicas (HC). Deste modo, a porcentagem de ocupação caiu, para 92%, de acordo com o mapa de leitos Covid-19, disponibilizado pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS).

Uma das expectativas para reabertura do comércio em Goiânia e região era que a ocupação dos leitos de UTI fixasse em torno de 70%. Além de não conseguir baixar esse número, não fosse a implantação de novos leitos a situação seria muito mais calamitosa. A tendência é de mais uma semana com restrições nas cidades.

Domingos Ketelbey: