Arquivo • atualizado em 10/01/2016 às 23:44

Iris pronto para a candidatura; No teto ou no piso?

O presidente do PMDB de Goiânia, deputado Bruno Peixoto, em entrevista concedida esta semana afirmou que Iris Rezende está pronto para ser candidato a prefeito de Goiânia enquanto os outros candidatos teriam muito trabalho a fazer e esta seria uma vantagem para o peemedebista. Ele alega que o alto grau de conhecimento de Iris daria a ele uma condição de liderança e probabilidade de vitória. Talvez, sim. Talvez, não.

O alto grau de conhecimento de um político – e Iris é um dos casos – numa disputa eleitoral pode levar a um resultado positivo ou não. Por quais atributos, valores ou imagens um político pode ser reconhecido pelo eleitor? Nesta eleição, no caso do peemedebista, quais seriam estes valores.

Iris pode ser pode ser visto como um bom administrador ou, simplesmente, pela alta fidelidade que muitos eleitores nutrem por ele. No entanto, contra o provável candidato aparece, mais uma vez, o fato de que a idade já compromete e as expectativas dos eleitores, principalmente os adultos e jovens, apontem para outras expectativas, por exemplo, para a área da modernidade e o futuro. Nas eleições anteriores, de 2010 e 2014, o candidato teve muitas dificuldades de conectar-se com visões de futuro.

Por outro lado, mesmo com a adversidade apontada, a ligação de Iris Rezende com uma grande parcela do eleitorado – certamente, acima de 35% das intenções de voto em pesquisas eleitorais estimuladas de 2015 – é uma vantagem que nenhum outro pré-candidato a prefeito de Goiânia tem.

Com este nível, Iris estaria mais próximo do teto ou do piso. Ou seja, qual o potencial de crescimento que ele teria na disputa eleitoral para prefeito de Goiânia? Nas eleições de 2010 e 2014, o peemedebista esteve mais próximo do teto e perdeu no decorrer da eleição.

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Na entrevista, o deputado Bruno Peixoto declarou que Iris, se for candidato a prefeito de Goiânia, anunciaria a intenção lá pelo mês de julho, ou seja, bem próximo do período final das convenções. Com alto grau de conhecimento, ele não precisaria de tantas ações na pré-campanha. De novo, nada diferente da eleição de 2014 quando ele entrou na reta final das convenções partidárias.

Falta aos peemedebistas e a Iris Rezende a compreensão de que o eleitor mudou muito. Além disso, há novas regras eleitorais em vigor e que há um profundo “stress” dos eleitores em relação ao processo eleitoral. E, também, que as alianças – como em outras eleições – são essenciais para um processo eleitoral vitorioso.


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