Por meio de ofício, a Associação Brasileira de Rádio e Televisão (Abratel) solicitou, nesta quinta-feira (15), a inclusão de jornalistas, radialistas e profissionais que atuam na comunicação profissional neste momento de pandemia, no grupo prioritário do Plano Nacional de Imunização da Covid-19.
Assinado pelo presidente da Abratel, Márcio Novaes, o documento foi encaminhado para o presidente da República, Jair Bolsonaro, para os ministros da Saúde, Marcelo Queiroga, e das Comunicações, Fábio Faria, além dos presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco, e da Câmara, Arthur Lira.
O pedido cita o Decreto Federal 10.288, de 22 de março de 2020, que inclui as atividades da imprensa como essenciais: “São considerados essenciais as atividades e os serviços relacionados à imprensa, por todos os meios de comunicação”. O decreto afirma, ainda, que todas as cautelas para redução da transmissibilidade do vírus devem ser tomadas.
“Jornalistas, radialistas e trabalhadores da imprensa estão extremamente expostos e vulneráveis, executando a importante missão de cobrir e reportar a grave crise sanitária decorrente do novo Coronavírus. Atuam nas ruas, hospitais, aeroportos, rodoviárias, Congresso Nacional, Assembleias Legislativas e Câmaras Municipais e outros espaços de grande circulação de pessoas”, elucida o presidente da Abratel.
De acordo com a última pesquisa divulgada pela Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ), o Brasil é líder mundial de mortes por coronavírus entre jornalistas, sendo que entre abril de 2020 e março de 2021, 169 profissionais da comunicação perderam a vida para a doença.
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“Estes profissionais que, diariamente, arriscam suas vidas e de suas famílias são, também, os grandes responsáveis por não termos um agravamento ainda maior da pandemia. A imprensa leva informação de práticas sanitárias para a disseminação do vírus e, ainda, combate a desinformação a respeito da COVID-19. É imprescindível que os trabalhadores da imprensa sejam imunizados o mais breve possível”, ponderou Márcio Novaes.