Brasil • atualizado em 15/11/2022 às 19:30

Aliado de Lula minimiza ida a COP27 em jatinho de empresário

Wellington Dias, em entrevista ao Roda Viva (Foto: Reprodução/TV Cultura)
Wellington Dias, em entrevista ao Roda Viva (Foto: Reprodução/TV Cultura)

O senador eleito, Wellington Dias (PT-PI) que integra o conselho de transição do governo eleito pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu em entrevista ao Roda Viva, nesta segunda-feira (14/11) a ida do aliado a COP27, no Egito em um jatinho junto com o empresário José Seripieri Junior. 

De acordo com Dias, apesar de eleito, Lula ainda não é presidente da República e por isso, não pode utilizar voos de governo. “Hoje ele é uma pessoa física. Eleita presidente, mas uma pessoa física. Ele, por conta disso, não tem qualquer regra que o impeça de pegar carona. Seja de São Paulo para Teresina, seja de São Paulo para o Egito”, explicou.

Questionado se não seria uma prática imoral dado em conta ser um presidente eleito em um jatinho disponibilizado por um empresário, Dias refutou. Também disse que o PT não tinha dinheiro para fretar um voo particular. “O governador Waldez Goés que coordena o consórcio da Amazônia fez um convite ao presidente e o presidente do Egito depois formalizou o convite ao presidente eleito para ir a COP27. Cadê o dinheiro para fretar uma aeronave?”, ressaltou.

Por fim, indagou se haveria algum crime em aceitar a benfeitoria. “Qualquer um de nós tendo uma situação de não estar em nenhum cargo, alguém dar uma carona, qual o problema?”.

Mais cedo ainda nesta segunda-feira (14/11) o próprio coordenador da transição e vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB) destacou que não se tratava de um empréstimo do empresário e que ambos estavam indo juntos. Daí, explica-se a carona.

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“A informação que eu tenho é que não é emprestado (o avião). O proprietário está indo junto para a COP. Ele também vai participar da COP, está indo junto. Não tem empréstimo. Estão indo juntos no mesmo avião. Estão indo mais pessoas, ex-governador, lideranças políticas, ambientais, todos juntos”, disse, durante entrevista coletiva em São Paulo.


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