PUBLICIDADE
Categorias: Brasil

Após aviso de emergência zoossanitária pela gripe aviária, vacina começa a ser desenvolvida

A medida tem como objetivo evitar que a doença chegue à produção de aves de subsistência e comercial e preservar a fauna e a saúde humana

Depois que o Ministério da Agricultura e Pecuária declarou estado de emergência zoossanitária em todo o território nacional em função de casos de gripe aviária detectados em aves silvestres, o Butantan também informou que uma vacina começou a ser desenvolvida. A portaria da emergência, assinada pelo ministro Carlos Fávaro, foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União na noite dessa segunda-feira (22) e tem validade de 180 dias.

PUBLICIDADE

A medida, de acordo com a pasta, tem como objetivo evitar que a doença chegue à produção de aves de subsistência e comercial, além de preservar a fauna e a saúde humana. Ainda segundo o ministério, a declaração de estado de emergência zoossanitária possibilita a mobilização de verbas da União e a articulação com outros ministérios, organizações governamentais nas três instâncias e não governamentais.

Já a vacina, que também começou a ser desenvolvida pelo Instituto Butantan, em São Paulo, nesta segunda-feira (22), já estão com testes sendo realizados com cepas vacinais que foram cedidas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e o primeiro lote já está pronto para o início dos testes pré-clínicos, ou seja, testes em laboratório.

PUBLICIDADE

O Butantan informou que a vacina começou a ser desenvolvida devido à preocupação de que ela possa se tornar uma nova pandemia. “A gripe aviária tem o potencial de causar nova pandemia, daí a mobilização da instituição, que se iniciou em janeiro deste ano”, disse o instituto, em nota.

Leia Também

O processo de desenvolvimento de uma vacina é demorado e feito em diversas etapas. Após o estágio da realização dos testes pré-clínicos, que vão demonstrar a segurança e o potencial da vacina, são realizados os testes clínicos em humanos, que é a etapa mais longa. Na fase clínica, que necessita de autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para ser realizada, são analisadas a segurança, a eficiência e a eficácia da vacina. Caso a vacina tenha um bom desempenho na fase clínica, ela é submetida a um registro pela Anvisa e só então poderá ser aplicada na população.

PUBLICIDADE

A influenza aviária (H1N5), também conhecida como gripe aviária, é uma doença viral altamente contagiosa. A transmissão da doença ocorre pelo contato com aves doentes, vivas ou mortas. O vírus não infecta humanos com facilidade, mas o aumento de casos recentemente deixou as autoridades sanitárias do mundo todo em alerta.

De acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), as infecções deste vírus em humanos têm sido pouco frequentes. Mas sempre que o vírus da gripe aviária circula entre as aves, como alertou o Ministério da Agricultura do Brasil na semana passada, quando confirmou os primeiros casos de gripe aviária em animais no país, há um risco de casos humanos esporádicos.

Em humanos, a gripe aviária pode ser grave, com alta taxa de mortalidade. Ainda segundo o Ministério da Saúde, a transmissão de pessoa para pessoa não é sustentada, ou seja, por enquanto, o vírus não se espalha facilmente de pessoa para pessoa.

Neste final de semana, o Ministério da Saúde descartou a suspeita de gripe aviária que teria acometido um funcionário do Parque da Fazendinha, no Espírito Santo. No local, foi encontrada uma ave com a doença.

Novos casos confirmados

Ainda nessa segunda-feira (22), o Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de São Paulo confirmou três novos casos positivos para influenza aviária (H5N1) no Espírito Santo, que estavam em investigação desde a semana passada.

Em nota, o ministério informou que as aves silvestres da espécie Thalasseus acuflavidus (nome popular trinta-réis-de-bando) foram encontradas nos municípios de Linhares, Itapemirim e Vitória.

Até o momento, são oito casos confirmados em aves no país: sete no Espírito Santo, nos municípios de Marataízes, Cariacica, Vitória, Nova Venécia, Linhares e Itapemirim; e um no estado do Rio de Janeiro, em São João da Barra. Além da espécie Thalasseus acuflavidus, há ainda aves da Sula leucogaster (atobá-pardo) e Thalasseus maximus (trinta-réis real).

A orientação da pasta é que a população não recolha aves que encontrar doentes ou mortas e acione o serviço veterinário mais próximo, no intuito de evitar que a doença se espalhe.

Ainda segundo o governo, não há mudanças no status brasileiro de livre da influenza aviária de alta patogenicidade perante a Organização Mundial de Saúde Animal, por não haver registro na produção comercial. 

Com informações da Agência Brasil

Redação do Blog

Posts recentes

Deputados da esquerda entendem que decisão sobre Glauber Braga é ataque a todos eles

Deputados do Psol e do PT anunciaram obstrução às votações em Plenário como crítica à…

% dias atrás

Glauber Braga do PSOL pode ser cassado após decisão do Conselho de Ética da Câmara

O Conselho de Ética da Câmara aprovourepresentação que pede a cassação do deputado Glauber Braga…

% dias atrás

Juros médios cobrados pelos bancos chegam a 43,7% ao ano em fevereiro

A taxa média de juros para as famílias e as empresas chegou, em fevereiro, a…

% dias atrás

Lista suja do trabalho escravo tem 155 novos empregadores incluídos

O Cadastro de Empregadores que submeteram trabalhadores a condições análogas à escravidão foi atualizado pelo…

% dias atrás

Tarifaço: negociação individual é fim do multilateralismo, diz Lula

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a se dizer preocupado com as decisões…

% dias atrás

Censo Escolar aponta crescimento de ensino médio e tempo integral em Goiás

Levantamento do Censo Escolar 2024 mostra que Goiás se destaca entre os estados com maior…

% dias atrás