Brasil • atualizado em 01/02/2021 às 13:17

Caminhoneiros marcam greve para esta segunda-feira (1)

Os caminhoneiros de todo o Brasil prometem iniciar nesta segunda-feira (1/2) uma greve por tempo indeterminado. A adesão à paralisação ainda é tímida e o governo informa que as rodovias não estão bloqueadas. porém, não é consenso, e a extensão do movimento ainda é incerta. Em Goiás ainda não há registro de paralisação até o fechamento deste texto.

O Ministério da Infraestrutura e a Polícia Rodoviária Federal (PRF) divulgaram na manhã de hoje que todas as rodovias federais tinham fluxo livre, sem pontos de retenção.

As principais entidades do país que estariam à frente de uma possível greve são Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transporte e Logística (CNTTL), a Associação Nacional de Transporte no Brasil (ANTB), e o Conselho Nacional de Transporte Rodoviário de Cargas (CNTRC).

O CNTRC informou à imprensa que a orientação aos caminhoneiros e apoiadores é para eles em casa, devido à pandemia da covid-19. Para quem está em viagem, a entidades pediu que os profissionais procurassem manter um distanciamento, uso de máscara e álcool em gel.

No âmbito jurídico houve algumas decisões relacionadas à greve, por exemplo, uma liminar concedida pela Justiça Federal do Rio no sábado (30/1) proíbe os caminhoneiros em greve de bloquear, mesmo que parcialmente, a rodovia BR-101, a partir da cidade de Paraty (RJ) a Campos (RJ). Já em São Paulo, o Tribunal de Justiça do estado concedeu liminar na sexta-feira (29/1) proibindo bloqueios da Rodovia Presidente Dutra, trecho da BR-116 que liga São Paulo ao Rio.

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O tamanho do apoio à greve, porém, ainda é incerto. A categoria é muito pulverizada, com diversas lideranças e entidades representantes. Algumas delas são publicamente contrárias à paralisação. A CNT (Confederação Nacional do Transporte), representante de empresas do setor, afirmou na quinta-feira (28) que não apoia nenhum tipo de paralisação, em nota assinada pelo presidente Vander Costa. “Se houver algum movimento dessa natureza, as transportadoras garantem o abastecimento do país, desde que seja garantida a segurança nas rodovias”, diz a nota.

As principais pautas defendidas pela categoria dos caminhoneiros são a alta do preço de combustíveis, a política de preço da Petrobras seguindo os modelos internacionais. Os caminhoneiros reivindicam também melhores preços nos fretes, pedindo um cumprimento da lei que prevê o piso mínimo de fretes.

Ainda no sábado (30), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) fez um apelo para que os caminhoneiros não entrem em greve.

“Fiz apelo aos caminhoneiros. Sabemos dos problemas deles. Se tivesse condições, zeraria PIS/Cofins óleo diesel, que está em R$ 0,33, mas vamos tentar zerar pelo menos, mas não é fácil”, disse Bolsonaro.


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