Brasil • atualizado em 06/07/2024 às 09:56

Campanha alerta para os riscos de procedimentos estéticos feitos por profissionais não habilitados

Esta semana começou uma campanha feita por dermatologistas: “Diga não à banalização dos tratamentos estéticos!”. O movimento é um alerta sobre os riscos de morte ou graves sequelas em procedimentos estéticos.

O último caso foi de uma influencer de Brasília que morreu fazendo a aplicação de PMMA (polimetilmetacrilato), um gel injetável. Aos 33 anos, Aline Ferreira fez o procedimento em uma clínica de estética, em Goiânia, sem a presença de um médico.

“A gente viu tanta gente morrer fazendo procedimentos estéticos, até sendo nos minimamente invasivos. De uma vez só, às vezes um caso, dois casos, três casos. Muitos não ficamos sabendo porque não chegam até a mídia. Já vi casos de paciente que foi fazer lípio com dentista e teve a carótida rompida. Foi uma jovem de cerca de 30 anos, que fes uma lipo de papada e teve um AVC”, explica a dermatologista, dra. Soraia Damaso.

A médica conta que esses pacientes chegam para fazer um tratamento estético e melhorar a aparência, com o sonho de ficarem mais bonitos. “No caso da Aline, como muitos outros, ela atuava como modelo e achou que teria maior oportunidade de trabalhos e ganhar melhor na área dela, com o procedimento nos glúteos”.

Na incansável busca pela perfeição pessoas têm recorrido às alternativas consideradas mais baratas na ânsia pela mudança e colocam o peso dos riscos em segundo plano. Antes de fazer qualquer procedimento nessa área o Conselho Federal de Medicina orienta a procurar informações sobre a formação do profissional, no site do CFM.

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O PMMA não é absorvido pelo corpo e de acordo com a dermatologista, quando injetado, pode provocar resposta inflamatória no organismo. O sistema recebe a substância como um corpo estranho e isso pode causar necrose, inflamação, deformações e risco de insuficiência renal.


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