O livro infantil ‘O Pinguim Azul’, que aborda a temática sobre autismo, está sendo utilizado em salas de aula como ferramenta para ensinar as crianças sobre inclusão. A obra foi lançada em junho deste ano pela Editora Goiabinha.
Mãe de um menino autista de oito anos de idade, Michelly Gassmann, de 42, escreveu este livro a partir do desejo de criar um personagem direcionado ao próprio filho.
“Criei uma história que meu filho pode se identificar. Além disso, quero tentar de alguma forma, diminuir o preconceito sobre as crianças tidas como diferentes, e aumentar a conscientização sobre o tema da inclusão”, explica a autora.
Engenheira por formação, Michelly largou a carreira para se dedicar mais ao seu filho Miguel. Ela nasceu no Ceará e atualmente trabalha como tradutora de texto e escritora, em Jundiaí, São Paulo.
O livro está à venda na Livraria Leitura da cidade paulista, mas também pode ser adquirido pela Amazon ou diretamente com a autora.
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Inclusão nas escolas
Como mãe atípica, Michelly relata que escrever esse livro demonstra o seu desejo por uma sociedade mais inclusiva, que ofereça as mesmas oportunidades para todas as crianças.
“Tenho feito palestras em escolas da região onde moro para crianças de 6 a 8 anos, onde leio a história, e depois conversamos sobre as diferenças. A experiência com as crianças tem sido incrível, pois elas têm uma facilidade de compreensão impressionante”, finaliza Michelly.
Esse é o seu primeiro livro infantil, mas ela já escreveu outros dois livros: O Jardim de Inês e A Sétima Ordem, e é co-autora do livro Maternidade Atípica, que será lançado pela Literare Books ainda este ano.
O Pinguim Azul
O livro ‘O Pinguim Azul’ conta a história de um pequeno pinguim que nasceu diferente dos outros. Ele tem comportamentos diferentes como pular sem parar, bater as asinhas, não gosta de barulho e não fala muito.
A princípio, os outros pinguins não o compreendem e por isso o ignoram, mas depois, ele conhece amigos que irão se aproximar e conhecê-lo de verdade. A troca de experiências fará com que todos aprendam um com o outro.
A autora destaca que a história incentiva a aceitação e a inclusão das crianças “diferentes”, que muitas vezes são mal interpretadas. “Esse livro pode ser usado como ferramenta para alfabetização e para abrir o diálogo a respeito da neurodiversidade na infância”, finaliza Michelly