Dirigindo-se ao futuro ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, em Brasília, o governador eleito de São Paulo, João Doria (PSDB), disse hoje (12), que o governo federal terá de destinar recursos para os estados organizarem a segurança pública. Doria participa do Fórum de Governadores. Todos os estados estarão representados no encontro, mas na abertura havia 16 governadores.
“O objetivo é também definir recursos. Não há como imaginar que os governos estaduais, que vivem situações difíceis, terão esses recursos para organizar a segurança pública, o sistema prisional e o controle de fronteiras”, afirmou Doria.
A afirmação foi feita na abertura do Fórum de Governadores, com a presença de Moro, dos presidentes do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, do Superior Tribunal de Justiça (STF), João Otávio de Noronha, e da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Cláudio Lamachia.
Os governadores pretendem aprofundar o debate da segurança pública com foco na proteção das fronteiras e no sistema prisional. “O Brasil não produz drogas, mas pelas fronteiras passam toneladas de drogas”, disse Doria.
Segundo o governador reeleito do Piauí, Wellington Dias (PT), já há uma proposta de segurança pública, aprovada no ano passado pelos atuais governadores, que inclui a proteção das fronteiras, com barreiras tecnológicas (por meio de satélites) e presencial (com policiais qualificados). No sistema prisional, a ideia é, além de investimento na estrutura, priorizar a ressocialização.
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Tema
Segurança pública será o tema central da segunda reunião dos governadores eleitos e reeleitos, que ocorre hoje (12) em Brasília, na sede do Conselho Nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Até ontem (11) à noite, 25 governadores e um vice-governador haviam confirmado presença.
O encontro é organizado pelos governadores eleitos do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), e de São Paulo, João Doria (PSDB).
Na última reunião, em novembro, os governadores combinaram que levariam para debate temas consensuais. Foram definidos 13 assuntos prioritários dos estados. Algumas propostas, como as reformas da Previdência, administrativa e tributária, são listadas como necessárias, mas os governadores não têm posição conjunta sobre quais pontos devem ser aprovados. (Com informações da Abr)