Brasil • atualizado em 17/03/2023 às 20:00

MC Guimê e Cara de Sapato serão intimidados a depor sobre importunação sexual no BBB23

A Polícia Civil do Rio de Janeiro vai intimar, ainda nesta sexta-feira (17), o cantor MC Guimê e o lutador Cara de Sapato para prestarem depoimento no inquérito em que são investigados pelo crime de importunação sexual contra a mexicana Dania Mendez, durante a última Festa do Líder do Big Brother Brasil (BBB23). A informação é do jornal O Globo.

Durante programa ao vivo na noite desta quinta-feira (16), o apresentador Tadeu Schmidt anunciou a expulsão dos dois brothers . O caso ganhou força nas redes sociais ao longo do dia depois que passaram a circular vídeos que mostram Guimê apalpando Dania durante a Festa do Líder. Em outro vídeo, Cara de Sapato imobiliza a mexicana na cama na tentativa de conseguir um beijo.

Após a expulsão, a Polícia Civil do Rio instaurou um inquérido para investigar o caso. A Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) de Jacarepaguá, já está com as imagens e estão sendo analisadas. 

A mexicana entrou na casa do BBB em um intercâmbio com o programa La Casa de los Famosos, que é exibido no México e Estados Unidos. Em seu primeiro dia, ela participou da Festa do Líder, que teve como tema funk ostentação, a pedido do líder da semana, MC Guimê.

Importunação sexual: entenda

A lei que tornou crime a importunação sexual – e também a divulgação de cena de estupro, de cena de sexo ou de pornografia – completou quatro anos em setembro de 2022. O texto se refere a: 

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  • importunação sexual – o ato libidinoso praticado contra alguém, e sem a autorização, a fim de satisfazer desejo próprio ou de terceiro;
  • e divulgação de cena de estupro, de cena de sexo ou de pornografia – trata-se da divulgação, por qualquer meio, vídeo e foto de cena de sexo ou nudez ou pornografia sem o consentimento da vítima, além da divulgação de cenas de estupro.

Os casos mais comuns são de abuso sofridos por mulheres em meios de transporte coletivo, como ônibus e metrô.

A proposta de lei ganhou força, e foi aprovada, após repercutirem casos de homens que se masturbaram e ejacularam em mulheres em ônibus. Um dos episódios de maior repercussão ocorreu em São Paulo, em 2017.

Outro caso que teve grande repercussão nacional envolve a prisão de um homem que passou a mão em uma ciclista e a derrubou enquanto ela pedalava, no interior do Paraná.

Antes da aprovação da lei, casos como esses eram considerados contravenções penais, com pena de multa. Agora, quem pratica casos enquadrados como importunação sexual pode pegar de 1 a 5 anos de prisão.


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