O Ceará monitora um casos suspeito da variante B.1.617 do coronavírus, que surgiu na Índia. O Estado informou na manhã desta sexta-feira, 21, que havia sido notificado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) sobre a suspeita no início da semana. O paciente, que está em Fortaleza, voltou de uma viagem à Índia no dia 9 de maio.
Segundo a Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), o paciente de 35 anos fez dois exames RT-PCR nos dias 10 e 11 de maio e ambos deram positivo. Uma semana depois ele repetiu o exame e o resultado foi negativo. O colega de empresa que o acompanhou durante a viagem também fez testes para identificar a infecção por coronavírus nos dias 10 e 12 de maio e os resultados foram negativos.
A secretaria informou que todos os viajantes que chegam ao Ceará oriundos de países com circulação de variantes devem cumprir quarentena de 14 dias, o que está sendo respeitado pelos viajantes e monitorado pela pasta. A Fiocruz está fazendo o sequenciamento genômico para determinar se o homem foi infectado pela variante indiana. A Sesa disse que está acompanhando o processo.
Casos no Maranhão
Na quinta-feira, 20, o Maranhão confirmou os primeiros casos da variante indiana no Brasil. Os pacientes estão a bordo do navio MV Shandong da ZHI, procedente da África do Sul. Ao todo, 15 tripulantes da embarcação testaram positivo para a covid-19 e pelo menos seis foram infectados pela cepa B.1.617. Um deles está internado na UTI em um hospital privado de São Luiz.
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O navio está ancorado a 50 quilômetros da costa e ainda não tem permissão para atracar no porto maranhense. Todos os tripulantes estão isolados em cabines individuais.
Cepa pode ser mais transmissível
A variante B.1.617 foi classificada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma “preocupação global” porque pode ter capacidade de transmissão maior do que a cepa original do vírus. No entanto, a instituição ressalta que as vacinas protegem contra “todas as variantes” do coronavírus.
Na semana passada, o presidente Jair Bolsonaro decidiu proibir voos internacionais com origem ou passagem pela Índia, país onde a cepa foi inicialmente identificada. A proibição se soma a restrições da mesma natureza relativa a voos do Reino Unido e África do Sul. (Por Redação, O Estado de S.Paulo)