PUBLICIDADE

Volta do imposto sindical tem apoio de ministro do STF

Há razões para o retorno do imposto sindical que foi revogado na Reforma Trabalhista de 2017, segundo o ministro do Supremo Tribunal Federal Edson Fachin. Ele é o relator de ao menos 18 ações na Corte que contestam as mudanças na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e que pedem o retorno da contribuição para a manutenção dos sindicatos, federações e confederações de trabalhadores e empregadores.

LEIA TAMBÉM: TST- Suspensa liminar que autorizava cobrança de contribuição sindical

PUBLICIDADE

Uma ação direta de inconstitucionalidade (ADI) sobre a obrigatoriedade da contribuição sindical está pautada para ser apreciada em plenário em 28 de junho. Fachin afirmou que esperará o julgamento, mas que se porventura a análise não ocorra no colegiado, por qualquer motivo, ele deverá decidir sozinho sobre o assunto, em caráter liminar (decisão provisória) e retroativo.

Ministro Edson Fachin, relator do inquérito, durante sessão da Segunda Turma do STF para decidir se os irmãos Geddel e Lúcio Vieira Lima viram réus no caso das malas com R$51 milhões encontradas em um apartamento em Salvador

PUBLICIDADE

“Depreendo, por razões lógicas e sistemáticas, que, relativamente ao fumus boni juris [fumaça do bom direito], há fundamento relevante para a concessão da medida cautelar, com efeitos ex tunc [retroativo]”, disse Fachin em despacho proferido nesta quarta-feira.

Leia Também

Na ADI pautada em plenário, há 56 entidades reconhecidas como interessadas na ação. Correspondente a um dia de trabalho por ano, a contribuição obrigatória costumava ser recolhida diretamente na folha de pagamentos no mês de março, o que não ocorreu neste ano.

PUBLICIDADE

Sindicatos
A volta da obrigatoriedade da contribuição foi pedida por dezenas de confederações e federações sindicais, que alegam que o fim do tributo viola a Constituição, pois inviabiliza suas atividades por extinguir repentinamente a fonte de 80% de suas receitas.

No despacho desta quarta, Fachin sinalizou que concorda com o argumento, pois a extinção da obrigatoriedade do tributo traz consigo a “real possibilidade de frustrar e fazer sucumbir o regime sindical reconhecido como direito fundamental social pelo constituinte de 1988”.

Na peça de 35 páginas, o ministro fez um longo histórico sobre o regime sindical brasileiro, concluindo que “o constituinte de 1988 também fez opção inequívoca pela manutenção de um modelo de sindicalismo sustentado no seguinte tripé: unicidade sindical, representatividade obrigatória e custeio das entidades sindicais por meio de um tributo”.

Para Fachin, ao alterar a CLT, os legisladores podem não ter observado adequadamente “o regime sindical estabelecido pela Constituição de 1988 em sua maior amplitude”. Dessa forma, os parlamentares teriam “desequilibrado as forças de sua história e da sua atual conformação constitucional, e sem oferecer um período de transição para a implantação de novas regras relativas ao custeio das entidades sindicais”.

[themoneytizer id=”17332-19″]

 

Altair Tavares

Posts recentes

Educação pública estadual avança em Goiás: ensino médio e tempo integral crescem acima da média nacional revela Censo Escolar

Levantamento do Censo Escolar 2024 mostra que Goiás se destaca entre os estados com maior…

% dias atrás

Aniversário do Jardim Tiradentes é comemorado com ações da prefeitura da cidade

O prefeito de Aparecida, Leandro Vilela, e o vice-prefeito João Campos lançaram nesta terça (8)…

% dias atrás

Empresários debatem funcionamento de bares em Goiânia

Seminário realizado pelo Sindicato dos Bares e Restaurantes de Goiânia (Sindibares), em parceria com a…

% dias atrás

Setor Cândida de Morais recebe ação social da prefeitura e da equatorial energia

A Prefeitura de Goiânia, por meio da Secretaria Municipal de Políticas para as Mulheres, Assistência…

% dias atrás

40 obras de infraestrutura estão em andamento no estado

O Governo de Goiás intensificou a execução de obras rodoviárias com o fim do período…

% dias atrás

Brasília é confirmada como sede dos Jogos da Juventude

A cidade de Brasília foi confirmada como sede da edição 2025 dos Jogos da Juventude,…

% dias atrás