Cidades • atualizado em 27/03/2023 às 19:00

Após seis dias, expedição do Rio Meia Ponte chega ao fim

A 1ª Expedição Rio Meia Ponte liderada pela vereadora Kátia Maria (PT) chegou ao fim nesta segunda-feira (27), após seis dias. Desde o dia 22, um grupo de pesquisadores navegou pelo rio em toda a sua extensão no município de Goiânia, observando e coletando amostras da água, solo, vegetação e animais. O objetivo é fazer o maior diagnóstico já feito sobre as condições do Meia Ponte.

“Agora nosso trabalho será construir esse relatório que chamamos de Carta das Águas do Meia Ponte, que dirá a verdadeira situação do rio e poderá nortear nós, legisladores, e os poderes executivo municipal e estadual para as ações que devem ser feitas na recuperação e conservação do Meia Ponte”, explicou Kátia Maria.

A Expedição Rio Meia Ponte contou com a participação de mais de 50 pessoas, entre pesquisadores da Universidade Federal de Goiás (UFG) e do Instituto Federal de Goiás (IFG), técnicos da Saneago e do Centro de Zoonoses e equipes do Batalhão Ambiental e Corpo de Bombeiros.

Além da equipe que desceu o rio embarcada, uma outra percorreu os bairros que margeiam o Meia Ponte, visitando escolas, feiras e moradores para levar ações de educação ambiental e despertar na população a consciência sobre a importância de preservar o manancial.

Durante os dias de expedição, os pesquisadores puderam observar uma série de irregularidades, como descarte de lixo e esgoto, erosões, assoreamento, extração irregular de areia, captação de água sem outorga e até mesmo mortandade de peixe devido à poluição e às péssimas condições da água. “A situação é muito crítica e a olho nu já constatamos muitos problemas, mas os estudos em laboratórios trarão ainda mais dados para nossa pesquisa”, explicou Kátia.

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A expedição não teve caráter fiscalizatório e sim científico e educativo, mas todas as irregularidades constatadas serão encaminhadas aos órgãos competentes para que as medidas punitivas sejam tomadas.

“Queremos que as pessoas amem o rio, que abracem o Meia Ponte, mas infelizmente precisamos também educar na dor e as punições são necessárias e iremos cobrar que sejam aplicadas”, destacou a vereadora.

A Bacia Hidrográfica do Rio Meia Ponte é a principal fornecedora de água para a Região Metropolitana de Goiânia, e o rio, em específico, é responsável por pelo menos 50% da água que chega para a população goianiense.

“O Rio Meia Ponte é lindo e ainda conta com muitas áreas preservadas, principalmente no começo da extensão dele por Goiânia e nosso relatório vai apontar isso também, mas precisamos dar destaque no que está errado porque é onde precisamos dar uma atenção mais”, ressaltou Kátia.

Presente no encerramento da expedição, a reitora da UFG Angelita Pereira de Lima também comemorou a conclusão dessa primeira fase dos estudos. “Esse projeto vai mudar a realidade do Meia Ponte e pode servir de modelo para a recuperação e preservação de outros rios e até para outros municípios e Estados”, afirmou.

“Esse estudo aponta a degradação, os problemas, mas também apontará as soluções que devem ser tomadas”.

Coordenadora do projeto, a vereadora Kátia explicou que o relatório final será apresentado em junho, na Semana do Meio Ambiente, e encaminhado a todos os órgãos competentes. “Mas também seguiremos com nossas ações de conscientização da população, de preservação e de denúncias de irregularidades. O Rio Meia Ponte é fundamental para a sobrevivência da população de Goiânia e da Região Metropolitana”, concluiu.


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