Destaques • atualizado em 08/03/2022 às 21:48

Caiado diz que negociou o percentual de data-base que o ‘RRF autorizou’

Governador Ronaldo Caiado assina texto que será encaminhado a Alego (Foto: Altair Tavares/DG)
Governador Ronaldo Caiado assina texto que será encaminhado a Alego (Foto: Altair Tavares/DG)

Após semanas de negociações, o Governo de Goiás e o Fórum em Defesa dos Servidores e Serviços Públicos do Estado de Goiás chegaram a um acordo em torno do pagamento da data-base para 2022 nesta terça-feira (08/03). Agora, o governador Ronaldo Caiado (União Brasil-GO) irá enviar o projeto de lei para que a Assembleia Legislativa de Goiás autorize que o percentual de 10,16% seja aplicado já na folha de março, paga em abril. “O que o RRF nos autorizou nós fizemos”, destaca.

Em coletiva realizada nesta tarde (08), Caiado, ao lado do secretário de Governo, Adriano da Rocha Lima, que conduziu a maior parte das negociações, agradeceu aos representantes das entidades e sindicatos e colocou como compromisso sentar todos os anos com eles. “Eu tenho a agradecer a todos que confiaram no governo e o governo no momento que teve o primeiro espaço fiscal já fez a recuperação do período de 2021 em relação à inflação. As outras discussões elas continuaram”, pontuou.

Por ora, o que está resolvido é apenas o pagamento da data-base referente à 2022 as dos outros anos continuam pendentes. “O acordo deste ano está aqui. Já foi assinado”, pontuou. Caiado não quis adiantar se iria colocar na pauta o pagamento das perdas salariais atrasadas já no ano que vem. Argumentou que seu ano de governo termina em dezembro e que deveria respeitar o mandato. 

“Eu não posso avançar na tese do diálogo para o ano que vem. Até porque tenho que respeitar o meu mandato. Se tiver oportunidade de continuar governando o estado de Goiás vou sentar à mesa com todos eles para nós debatermos a situação a nível de data-base, reajustes, tudo isso. Não tenha dúvidas em relação a essa conversa e diálogo com as entidades de classe”, pontuou.

Os servidores pleiteavam um reajuste de 25,53%, relativos aos últimos três anos. Houveram três reuniões prévias. O governo chegou a apresentar uma proposta de 5,5%, que foi rejeitada pelas entidades do Fórum em Defesa dos Servidores e do Serviço Público.

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Na última sexta-feira (04/05), o Palácio das Esmeraldas apresentou a proposta de 10,16%, afirmando que a legislação do Regime de Recuperação Fiscal (RRF) limita o reajuste à inflação do ano anterior.

Mas o acordo foi costurado em um contexto de frustrações e insatisfação. O presidente do Sinpol Goiás, Paulo Sérgio Alves de Araújo, pontua que as categorias deixaram claro que não estavam contentes com o acordo. O índice “não chega nem perto dos 25,53% anteriormente exigidos e que correspondem aos 4 anos sem recomposição salarial com uma inflação que engoliu nossos rendimentos”. Os servidores, principalmente os policiais civis, ainda esperam que o governo Caiado pague o restante do que é devido.

O documento com o resultado da assembleia será entregue ao secretário-geral da Governadoria, Adriano da Rocha Lima. Para que haja o pagamento da data-base, o governo deve enviar projeto à Alego.


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