A alta no preço do litro de leite tem assustado o consumidor goiano, e consequentemente o insumo aos poucos vai deixando de compor a mesa das famílias. Em Goiânia, já é possível encontrar o valor do litro de leite a R$ 7,49. Em outro estabelecimento da capital, os preços chegam na casa dos R$ 7,99.
De acordo com o presidente da Comissão de Pecuária de Bovinocultura de Leite da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás, Vinicius Corrêa, o setor tem passado por dificuldades para manter os custos. Com isso, os produtores migram para outros investimentos e sem produção, a escassez acaba fazendo o preço do leite disparar.
“Com o preço [praticado] muito baixo, vários produtores desanimaram e abandonaram a atividade. Deixaram de produzir leite para produzir grãos e arrendar terras, por exemplo. Isso gerou uma falta de produto”, explica.
Para Vinícius a crise é um problema global que infelizmente faz o consumidor se ajustar e, assim, o leite deixa de fazer parte da cesta básica das famílias. E a expectativa, segundo Vinícius, é que a crise deve durar por mais dois anos por falta de produtos e preços altos.
De acordo com Vinícius, antes da pandemia o preço da soja era praticado a R$ 1.200 reais, R$ 1.100 reais a tonelada. ”Hoje trabalhamos a R$ 2.800, você entendeu? Tudo que não dobrou, triplicou. Combustível, o óleo diesel era R$ 3,50, hoje é quase oito reais. Milho que é um alimento-base importante na alimentação do gado, era 28, 30 reais, hoje é 80, 90 reais. Todos os insumos alimentares e de limpeza para o gado, tudo dobrou ou triplicou. O aumento de custo é muito grande”, explica.
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” O litro de leite a oito reais é muito caro mas o consumidor vai ter que se adequar a isso. Tudo subiu. Arroz, feijão, subiu. Tudo dobrou. O leite até tava num patamar mais baixo, mas era questão de tempo para subir por conta do déficit. Como o leite é uma cultura que demora para você formar plantel, nascer a bezerrinha, crescer. O preço não vai ficar tão alto, vai estabelecer a seis reais. Menos de cinco reais, não vai ter”, pondera.
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