Cidades • atualizado em 13/04/2021 às 21:12

Com novo decreto, comércio de Goiânia não deverá abrir aos finais de semana

Foto: Mel Castro
Foto: Mel Castro

O novo decreto da Prefeitura de Goiânia, com validade para os próximos 14 dias, a partir desta quarta-feira (14), deve manter apenas atividades essenciais e religiosas aos fins de semana. A proposta foi debatida nesta terça-feira (13), pelo prefeito de Goiânia, Rogério Cruz, com o secretário de Saúde, Durval Pedroso, e representantes do setor produtivo da capital. Já o decreto, deverá ser apresentado nas próximas horas, após reunião com o governador do Estado, Ronaldo Caiado

A nova determinação deve proibir o funcionamento do comércio, bares, restaurantes e demais atividades consideradas não essenciais aos sábados e domingos, sendo que o comércio poderá funcionar de segunda a sexta-feira das 10h às 16h e os estabelecimentos do setor de serviços entre 12h e 20h. Os bares e restaurantes poderão funcionar das 11h às 22h e os shoppings terão abertura permitida apenas entre 10h e 16h. Academias e distribuidoras poderão funcionar de 6h às 22h. Já salões e barbearias, de 12h às 21h. 

Para bares e restaurantes, há limitação de 50% da capacidade, com a proibição de qualquer atividade sonora. Para academias, o limite é de 30%.As escolas privadas poderão manter as aulas presenciais nas etapas infantil, fundamental e médio e os estabelecimentos devem garantir distância mínima de 1,5m entre alunos, professores e demais funcionários. 

Feiras livres e especiais, também só poderão funcionar durante a semana. Aos finais de semana, apenas atividades essenciais poderão permanecer abertas. Também será permitida a realização de cultos religiosos, com 30% da capacidade e intervalo de três horas entre eles.

Durante a reunião, algumas propostas foram apresentadas por representantes do setor produtivo, onde empresários pediram a flexibilização do trabalho no sábado, por ser, de acordo com o presidente do Sindilojas, Eduardo Gomes, um dos dias de maior movimentação da economia.

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“Não ficará bom esse fechamento no sábado. Não podemos perder o sábado. É um dos dias mais importantes para a venda do comércio”, disse. “Se não abrir no sábado, na sexta-feira haverá uma aglomeração muito grande. Quem faz compra no sábado, fará na sexta-feira”, ressaltou

O presidente da Fecomércio, Marcelo Baiocchi, alegou que a proposta dos empresários, durante a reunião, foi para que o comércio, bares e restaurantes pudessem abrir no sábado e fechar no domingo e na segunda-feira, mas ressaltou que o importante, neste momento, é manter a economia. “Não podemos exigir além por conta do momento que estamos vivendo dentro da pandemia”, ponderou.

Newton Pereira, presidente do Sindibares, também comemorou o fato de as atividades permanecerem abertas, mesmo que com restrições. “Amanhã começaria um período restritivo. A prefeitura teve a sensibilidade de manter o comércio aberto com algumas restrições”, disse, com a ressalva de proposta à extensão do horário de funcionamento para estabelecimentos da categoria de bares e restaurantes “É uma situação que gera aglomeração e vem gerando casos desconfortáveis”, declarou.

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O vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg), André Rocha, também participou da reunião com o prefeito de Goiânia, para discutir a implantação do novo decreto, e ressaltou a importância do funcionamento com segurança dos diversos tipos negócios na capital, levando em consideração que milhares de famílias estão sendo prejudicadas pelo impedimento de serviços considerados não essenciais.

“Precisamos entender que são diversas famílias  em situação de vulnerabilidade social por falta de emprego e muitas delas enfrentam o coronavírus frente a frente, por temerem a fome. O trabalho dignifica o homem e leva sustento à sua família. O certo é pensar em todas as famílias goianienses, inclusive nas que mais são prejudicadas pelo decreto”, destacou.


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