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Em coletiva com a imprensa, Equatorial Goiás expõe fraquezas e investimento milionário

Lener Jayme, presidente da Equatorial Goiás (Foto: Divulgação)

Sob pressão após uma semana de recorrentes quedas no fornecimento de energia elétrica, especialmente na Região Metropolitana de Goiânia, o presidente da Equatorial Goiás, Lener Jayme, concedeu uma coletiva com a imprensa nesta quarta-feira (27/09) para falar sobre os investimentos feitos pela companhia e um balanço da gestão desde que a empresa assumiu e acabou expondo fraquezas da rede de energia elétrica no estado.

A Equatorial Goiás executou um programa de investimentos de aproximadamente R$ 1,38 bilhão somente no primeiro semestre de 2023, e pelo menos no papel, pretende alocar muito mais recursos para evoluir na qualidade e confiabilidade do fornecimento de energia. Mesmo com tamanho investimento, o serviço se mostra muito abaixo do esperado.

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“Os nossos compromissos vêm sendo saldados, dia após dia. O tamanho do investimento realizado, em curto espaço de tempo, não se via há anos na distribuidora. A rede encontrada é degradada e não vendemos ilusões: os problemas continuarão ocorrendo, mas mostraremos que gradativamente vamos evoluir na qualidade da rede”, afirmou Jayme. 

Ao assumir a concessão goiana, a Equatorial Goiás realizou um diagnóstico completo da rede elétrica, onde foi identificado que quase 50% das unidades transformadoras de distribuição de energia apresentam sobrecarga, 72% dos circuitos são monofásicos (com apenas um recurso de fornecimento) e 14% dos ativos da concessão depreciados.

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Uma outra situação também vem, agora, colaborando para o comprometimento do fornecimento no estado: o El Niño, que trouxe calor excessivo para o Centro-Oeste e Sudeste do Brasil e ciclones na Região Sul. Esta condição climática adversa não só impactou Goiás, mas todo o Brasil, desencadeando, por exemplo, em desligamentos das empresas transmissoras de energia, que afetam o suprimento das distribuidoras em suas áreas de concessão, além dos desarmes dos disjuntores de entrada dos clientes que não estão dimensionados para o aumento de consumo.

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“Houve dois impactos na distribuição devido ao suprimento das transmissoras, ontem, em Goiânia, e mais um, no sul do estado”, comenta o presidente da Equatorial Goiás. “É um período atípico que nós vivemos. A onda de calor está afetando todos nós. O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) registrou aumento de quase 7% na demanda de carga em todo o país em função do calor e somente em Goiás, vimos este dado crescer 16% em algumas regiões de Goiás”, destacou, ainda, Lener.

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Categorias: Cidades
Altair Tavares: