Nos últimos sete anos o Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES), investiu R$ 29,9 bilhões na saúde pública, promovendo a maior transformação do setor na história do Estado. Entre 2019 e 2025, os recursos aplicados saltaram de R$ 2,6 bilhões para cerca de R$ 5,7 bilhões anuais. Em 2025 o Estado alcançou a aplicação dos 15,08% de suas receitas na saúde, superando em 3 pontos percentuais o mínimo constitucional de 12%.
A revolução na saúde goiana se traduz em números expressivos. A rede estadual cresceu de 17 para 25 hospitais, 6 policlínicas passaram a atender a população e os leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) triplicaram, passando de 267 para 848 unidades. O acesso às UTIs, antes restrito a apenas 3 municípios – Goiânia, Anápolis e Aparecida de Goiânia –, hoje está disponível em 24 cidades, representando um crescimento de 700% na cobertura geográfica.
O total de R$ 29.358.171.070,11 investidos no período representa a consolidação da saúde como prioridade absoluta do governo estadual. A evolução dos investimentos demonstra uma curva ascendente consistente ao longo da gestão: R$ 2.637.422.835,26 (2019); R$ 3.038.711.017,51 (2020); R$ 3.958.279.917,35 (2021); R$ 4.210.354.166,46 (2022); R$ 4.798.482.360,72 (2023); R$ 5.515.503.021,37 (2024) e, em 2025, já constam liquidados R$ 5.792.296.598,37.
Para o secretário de Estado da Saúde de Goiás, Rasível Santos, o aumento dos recursos aplicados entre 2019 e 2025 consolidam Goiás como referência nacional em investimento proporcional na saúde pública. “A infraestrutura criada, a regionalização implementada e a ampliação do acesso estabelecem um novo patamar para a assistência médica no estado”, avalia.
Regionalização
A estratégia de regionalização ampliou as unidades de saúde estaduais para 23 municípios goianos, descentralizando o atendimento e reduzindo a necessidade de deslocamentos para a capital. Entre as principais obras destacam-se o Hospital Estadual de Águas Lindas Ronaldo Ramos Caiado Filho (Heal), entregue após 20 anos de espera. Com R$ 157 milhões em investimentos, a unidade oferece 164 leitos, incluindo 40 de UTI, atendendo a população da Região do Entorno do Distrito Federal, com serviços como obstetrícia, cirurgia, clínica médica, pediatria e atendimento multiprofissional.
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A Saúde contabiliza também sete novos hospitais estaduais distribuídos estrategicamente no interior: Jataí, Formosa, São Luís de Montes Belos, Luziânia e Itumbiara, além do Hospital Estadual do Centro-Norte Goiano, em Uruaçu, e do Hospital Estadual da Criança e do Adolescente (Hecad), em Goiânia.
Em 2025 o destaque foi a inauguração do Complexo Oncológico de Referência do Estado de Goiás (Cora), construído em tempo recorde. Inspirado no modelo do Hospital de Amor, em Barretos (SP), reconhecido internacionalmente pela assistência integral e humanizada, o Cora é gerido pela Fundação Pio XII, a mesma responsável pela unidade paulista. O complexo recebe pacientes de 0 a 17 anos (e de 18 a 23 anos com câncer ósseo), via Sistema Único de Saúde (SUS).
A unidade oferece 60 leitos, incluindo UTI, centro cirúrgico, central de transplante de medula óssea e um avançado sistema de filtragem do ar. São realizados exames laboratoriais, análises patológicas, ressonâncias, tomografias, ultrassons, hemodiálise, transfusões e outros procedimentos, com funcionamento 24 horas por dia. O custeio mensal de toda a estrutura é estimado em R$ 6,8 milhões.
A atual gestão também ampliou a rede de atendimentos no interior com a entrega de 6 policlínicas que funcionam nos municípios de Posse, Goianésia, Quirinópolis, São Luís de Montes Belos, cidade de Goiás e Formosa. Elas atendem diferentes regiões do estado, com investimentos de cerca de R$ 70 milhões, e se destinam à realização de consultas em mais de 20 especialidades, além de exames de alta complexidade, como mamografia, tomografia computadorizada, radiografias e atendimentos oftalmológicos.
UTIs
O crescimento mais expressivo ocorreu na terapia intensiva. De 267 leitos de UTI em 2018, o estado passou para 848 em 2025. A distribuição geográfica também se transformou radicalmente. O que antes se concentrava em apenas 3 municípios, hoje está presente em 24 cidades, cobrindo todas as cinco macrorregiões de saúde do estado. Os leitos contemplam todas as especialidades – adulto, pediátrico e neonatal –, atendendo tanto em unidades próprias quanto conveniadas, garantindo acesso universal à terapia intensiva.
Superação do mínimo constitucional
Goiás demonstra compromisso fiscal ao aplicar mais de 15% de suas receitas na saúde, superando o mínimo constitucional de 12%. Esta aplicação representa um crescimento de aproximadamente 148% em relação a 2018, quando o orçamento aplicado em saúde foi de R$ 2,1 bilhão, chegando aos atuais R$ 5,7 bilhões.
O crescimento orçamentário representa a priorização política da saúde pública como eixo central das políticas governamentais. A expansão da rede estadual impacta diretamente a vida de 7,2 milhões de goianos, que agora contam com 41% mais hospitais na rede estadual, acesso regionalizado, UTIs próximas de casa em 24 cidades, policlínicas atendendo seis regionais, com redução significativa de deslocamentos para tratamento dos pacientes.
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Altair Tavares
Editor do Ciberjornal que sucedeu desde fevereiro de 2025 todo o conteúdo do blog www.altairtavares.com.br . Atuante no webjornalismo desde 2000. Repórter, comentarista e analista de política. Perfil nas redes sociais: @altairtavares