A mais nova entre todas as unidades de conservação gerenciadas pelo Governo de Goiás é o Parque Estadual Águas do Paraíso (Peap), criado em 14 de setembro de 2020. Como acontece em toda unidade do gênero, o processo de implantação do Peap envolve uma série de atividades e operações, a se concretizarem em seis anos. Boa parte já foi concluída ou está em execução. A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) empenha recursos humanos e financeiros desde 2020.
“Essa é uma unidade de conservação com vocação para o uso público, ou seja: há muitos visitantes que a frequentam, principalmente por causa da Catarata dos Couros. Então, ter um parque como esse regulamentado e implementado visa também contribuir com uma visitação mais apropriada, que proteja os recursos naturais, que não degrade a região da Catarata. Esse parque é importante para fomentar o turismo ecológico na região”, diz a secretária de Meio Ambiente, Andréa Vulcanis.
Um dos pontos mais essenciais para implementação do parque é o seu georreferenciamento, por meio do qual será possível o estado receber a área em doação do Incra. A Semad, em contrapartida pela doação da área do Peap pelo Incra, contratou não só o georreferenciamento do parque, como também do Esusa, um assentamento da reforma agrária que fica em uma área vizinha e onde vivem mais de 30 famílias. Todos os lotes do assentamento estão sendo georreferenciados. Essa é uma etapa obrigatória para que as famílias tenham o título de posse da área em que habitam e era uma das principais reivindicações dos assentados.
A Semad investiu mais de R$ 425 mil no serviço de georreferenciamento, que está sendo executado pela Fundação Pró-Natureza (Funatura). O recurso veio de um acordo de compensação ambiental firmado com a Serra Verde Pesquisa e Mineração. Esse trabalho deve ser concluído em março de 2023 e vai definir as coordenadas geográficas da área, a forma e a dimensão dos terrenos. Depois de concluído, o Incra conduzirá o processo de doação da área do parque ao Estado e as famílias do assentamento, por sua vez, poderão avançar na titulação dos terrenos onde moram.
O segundo ponto é a contratação de uma empresa especializada em planos de manejo e planos de uso público. A Semad já destinou recursos para esse fim. Os dois documentos vão nortear o uso de área, a gestão dos recursos naturais, a presença de visitantes, e dirão qual é a infraestrutura necessária para gerenciar o parque é seu uso público. Toda unidade de conservação precisa estar amparada por esses estudos, que são elaborados conforme a sua categoria e seus objetivos.
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O terceiro ponto é a recuperação da estrada vicinal que dá acesso ao Peap. Em razão da situação precária em que a pista e as pontes se encontravam, a Semad solicitou a intervenção da Agência Goiana de Infraestrutura e Transportes (Goinfra) no local em 2021. A estrada foi estadualizada e passou a se chamar GO-575. O governo levantou greides e construiu pontes e bueiros. Investimento de R$ 6,5 milhões. São obras que melhoraram o acesso da comunidade da Esusa e todas as demais que vivem naquela região, além do acesso aos servidores, fiscalização e turistas à unidade, como também facilitaram a prevenção a incêndios florestais.