Pelo menos 120 unidades escolares e Centros Municipais de Educação Infantil em Goiânia estão com serviço comprometido em consequência da greve dos servidores administrativos da Educação. Os professores não aderiram a paralisação e por isso, o serviço oferecido nesses espaços está funcionando parcialmente.
O serviço que tem sido mais impactado é o da limpeza. Com adesão de praticamente todo o escopo de auxiliares da Prefeitura de Goiânia, o ambiente escolar fica sujo. Para minimizar os danos, o Poder Municipal tem colocado servidores da Comurg para auxiliar a limpeza.
A prática de acordo com o Sindicato dos Trabalhadores do Estado de Goiás (Sintego) é ilegal em ambiente grevista. O sindicato estuda entrar na Justiça contra a manobra da Prefeitura de Goiânia. De acordo com a entidade, a busca do Poder Público é de enfraquecimento do movimento.
Muitas das escolas que funcionam em período integral, decidiram ministrar aulas em apenas um turno, o que na visão dos professores e especialistas em educação, prejudica o aluno e até mesmo o núcleo familiar.
A categoria reivindica reajuste de 6% na data-base e uma revisão do auxílio-deslocamento, mas de acordo com a presidente do Sintego, deputada estadual Bia de Lima, o ponto mais sensível é a reestruturação do plano de carreira dos servidores.
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A Prefeitura de Goiânia afirma que as negociações continuam. Veja o posicionamento na íntegra:
A gestão municipal trabalha para garantir atendimento aos estudantes de Goiânia e segue dialogando com os servidores administrativos.
A prioridade, neste cenário, é garantir que as famílias não sejam prejudicadas. O remanejamento legal de servidores operacionais, quando necessário, para ocupações operacionais em escolas e Cmeis contribui com a garantia do direito essencial à educação.
Além de atrasar o ano letivo, a paralisação pode interferir no processo de ensino-aprendizagem no momento em que os estudantes estão recuperando as aprendizagens perdidas na pandemia.
Propostas apresentadas pela categoria estão sendo avaliadas com responsabilidade fiscal, uma vez que Goiânia, assim como todos os municípios brasileiros, apresentou queda de repasses federais.
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