O cartunista Jorge Braga, um dos nomes mais expressivos do humor gráfico brasileiro, faleceu nesta terça-feira (1), em Goiânia, aos 67 anos. Com uma trajetória de mais de cinco décadas dedicada ao traço e à crítica social, Braga deixa um legado marcante para o jornalismo, a cultura e a arte. A informação foi confirmada pelo presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de Goiás (Sindjor-GO), Cláudio Curado Neto.
Nascido em Patos de Minas (MG), Jorge Braga iniciou sua carreira precocemente, aos 13 anos, em jornais escolares e comunitários. Em 1972, estreou como cartunista no jornal Cinco de Março, em Goiás, estado onde fixou residência e consolidou sua carreira como um dos mais talentosos ilustradores do país.
Ao longo de sua trajetória, passou por veículos como Folha de Goiás, Opção, Diário da Manhã, Jornal do Tocantins e O Popular, onde continuava publicando suas charges até recentemente. Além do trabalho nas redações, atuou como editor de arte em televisão, participou de peças teatrais, organizou festivais de humor e apresentou espetáculos que uniam humor e crítica social.
Seu talento atravessou fronteiras, com publicações em grandes veículos nacionais e internacionais, como O Globo, Jornal do Brasil, O Pasquim, Revista Veja, Correio Braziliense e até o The World News, de Orlando (EUA). Entre suas criações mais marcantes estão as revistas em quadrinhos Badião e Romãozinho pioneiras em Goiás e o livro Palmas e Vaias, que retrata com humor a criação do Estado do Tocantins.
Em reconhecimento à sua contribuição para a cultura goiana e nacional, o Governo de Goiás deu seu nome à Gibiteca Jorge Braga, mantida pela Secretaria de Estado de Cultura. O espaço, referência há mais de 30 anos no incentivo à leitura de quadrinhos, abriga hoje mais de 17 mil títulos e segue vivo como símbolo da importância do artista na formação de novos leitores e cartunistas.
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Elysia Cardoso

Elysia Cardoso é jornalista