O júri popular do assassinato do jornalista Valério Luiz foi adiado, às vésperas de sua realização, na manhã desta segunda-feira (14), por decisão de Lourival Machado, juiz que presidiria a primeira sessão do julgamento.
A nova data foi marcada para o dia 2 de maio, pelo fato de o advogado de defesa do empresário Maurício Sampaio, Ney Moura Teles, ter renunciado do caso na última sexta-feira (11). Por este motivo, o réu chegou ao julgamento acompanhado de um novo advogado, Thales Jayme, que solicitou um prazo maior para analisar o processo.
“Isso não é conduta processual. Mas, de toda forma, já marquei a sessão daqui a 45 dias. Podem ter certeza que, de uma forma ou de outra, vai ser realizada”, disse Lourival Machado, em entrevista coletiva realizada após a decisão.
Filho da vítima, Valério Luiz Filho demonstrou frustração com relação ao ocorrido, com a afirmativa de que já esperava uma “manobra” por parte da defesa. “Já são 10 anos tentando marcar esse julgamento, mas não é uma surpresa. Lidamos com todo tipo de manobra para atrasar o processo. Essa foi mais uma delas. Uma manobra desesperada”, disse.
O novo advogado de Sampaio, por sua vez, garantiu que não houve manobra para beneficiar os réus. “De forma alguma. Temos todo interesse em julgar os réus e dar uma resposta à sociedade. Nós, advogados, também temos esse compromisso”, destacou Thales Jayme, que também defende Ademá Figueredo Aguiar Filho, apontado como o executor do crime.
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