A Justiça do Distrito Federal deu cinco dias para a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) se manifestar sobre o reajuste de 8,56% nas passagens de ônibus entre o Entorno do Distrito Federal e a capital. A decisão, tomada pela 4ª Vara Federal Cível do DF, atende a um pedido da Prefeitura de Planaltina (GO), que tenta barrar o aumento.
A agência que é responsável pelos estudos técnicos que validam os reajustes tarifários no entorno deve responder quais os critérios que nortearam os novos percentuais válidos desde o último domingo (25/20. O assunto é alvo de questionamento também pelo PSDB que pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) que suspenda o reajuste de tarifas dos ônibus.
O prefeito de Planaltina, delegado Cristiomário (União Brasil), criticou o reajuste, que entrou em vigor no dia 25 de fevereiro, com tarifas variando entre R$ 4,45 e R$ 22,25. Segundo ele, a medida é prejudicial à população e aos trabalhadores do Entorno que dependem do transporte público para se deslocar ao DF. Cristiomário também destacou que a ANTT ignorou as negociações em curso entre o DF, Goiás e a União para encontrar uma solução que reduza os preços das passagens na região.
O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, também se manifestou contra o aumento, classificando-o como “injusto” para o cidadão e ressaltando que não resolve o problema estrutural do transporte coletivo na região. Caiado destacou o impacto do reajuste no bolso dos trabalhadores que utilizam o transporte diariamente. “De Brasília a Planaltina, a tarifa vai custar quase R$ 23 no percurso de ida e volta. Se o usuário for 25 dias a Brasília, gastará mais de R$ 560 por mês. Como fica para o cidadão?”, questionou o governador.
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