Cidades • atualizado em 27/02/2021 às 21:32

Novos decretos determinam lockdown parcial em Goiânia e Aparecida para enfrentar o pior mês da pandemia

Lockdown foi anunciado no Palácio (Foto: Jackson Rodrigues)
Lockdown foi anunciado no Palácio (Foto: Jackson Rodrigues)

Goiânia, Aparecida, Trindade e outras cidades da Região Metropolitana irão entrar num rígido fechamento de atividades a partir de segunda-feira (1º/03). O lockdown foi anunciado pelos prefeitos em uma coletiva ao lado do governador Ronaldo Caiado (DEM) no Palácio das Esmeraldas na tarde deste sábado (27/02). “A conta do carnaval veio rápida. Chegou hoje”, destacou o democrata ao fazer o anúncio da medida.

O democrata ainda reforçou que março será o pior mês da pandemia e culpou a falta de consciência da população durante o Carnaval pela gravidade do momento. “Peço a reflexão a todos que não acreditavam que ir para festas e baladas do Carnaval não chegaríamos a uma situação como essa, onde a maioria dos leitos está ocupada”, disse.

O prefeito Gustavo Mendanha destacou que a taxa de ocupação dos leitos em Aparecida está evoluindo rápido e podem faltar vagas na próxima semana. “Do jeito que a coisa está, talvez na segunda-feira já não teremos UTI em Aparecida de Goiânia”, destacou

Não se enfrenta pandemia sozinho

O secretário de Estado de Saúde (SES-GO) Ismael Alexandrino, destacou que apesar do aumento dos leitos e da infra-estrutura no atendimento, os casos tem crescido exponencialmente. É preciso que toda a sociedade faça sua parte e colabore nas medidas de contenção. “Apesar de nós termos praticamente triplicado a estrutura de leitos críticos, ainda assim a subida exponencial da subida de casos graves, ela supera a oferta de leitos. Não são só leitos que salvam vidas, não se enfrenta a pandemia sozinho, nem só com atitudes de saúde, precisamos de engajamento social”, ponderou.

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Por fim, fez um apelo para que toda a população cumprisse com as medidas restritivas impostas e reiterou que março será o mês mais difícil no combate à pandemia do novo coronavírus. “Eu peço para a população do Estado de Goiás, que sigam o que será determinado nos decretos municipais. Façam a sua parte e não esperem que entes queridos, um pai, uma mãe, um amigo, um namorado perder a sua vida, morrer para que acredite que a pandemia existe. Para que existe que a pandemia neste momento como havíamos previsto teríamos o mês mais difícil do ano de 2021 que será o mês de março.”

Medidas restritivas para Goiânia e região

Na coletiva, o governador destacou que todos os prefeitos das cidades que fazem parte da Região Metropolitana de Goiânia aderiram ao decreto. No entanto, mais cedo, o prefeito de Senador Canedo, Fernando Pellozo (PSD) disse que neste primeiro momento, não adotaria o lockdown, medida que pode ser revista a qualquer momento, segundo o chefe do município.

Todo o comércio não essencial será fechado, assim como bares, restaurantes, teatros e cinemas. Os serviços considerados essenciais são: de saúde, o que inclui veterinários e odontológicos, supermercados, farmácias, cemitérios e funerários, distribuidoras e revendedoras de gás e combustível, supermercados, distribuidoras de água, açougues e peixarias, frutarias e verdurões. Panificadoras, padarias e confeitarias podem abrir somente para retirada e delivery. Feiras livres de hortifruti e alimentos estão permitidas desde que “observadas as boas práticas de operação” além da utilização de EPI’s por parte dos feirantes. Também não será permitido o consumo de alimentos no local.

Os estabelecimentos que atuam na venda de produtos agropecuários também podem funcionar para retirada e delivery, com agendamento prévio e 50% dos funcionários.

As escolas particulares, em Goiânia e Aparecida, poderão manter o funcionamento com 30% da capacidade. As agências bancárias e casas lotéricas seguem legislação federal e devem manter o funcionamento. Igrejas e demais templos religiosos não poderão mais promover cultos e celebrações, mas estão liberados para atender, individualmente e com agendamento, os fiéis.

Cada município publicará seu decreto seguindo o que foi acordado entre os prefeitos e autoridades de saúde. O fechamento vale, inicialmente, por sete dias. Caso a taxa de ocupação de leitos de UTI fique abaixo de 70% por cinco dias, a abertura de alguns setores poderá ser avaliada. 


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