Número de pessoas em extrema pobreza cresce 80%, em Goiânia

Os dados do Boletim de Desigualdade nas Metrópoles, mostram que em Goiânia e Região Metropolitana, o número de pessoas em situação de pobreza cresceu de 366,6 mil, em 2020, para 538,7 mil, em 2021, ou seja, um crescimento de 47% . Portanto, o número de pessoas em situação de extrema pobreza na grande Goiânia, teve aumento de 80% durante este período, conforme mostra reportagem de O Popular.

Em Goiânia, somente no ano de 2021 a porcentagem de pessoas em situação de pobreza foi de 20,1%, quando em 2014, esse número era de 10,2%, conforme explica um dos coordenadores do Boletim de pesquisador do Observatório das Metrópoles, Marcelo Gomes Ribeiro.

Vale lembrar que atualmente, é considerado situação de extrema pobreza a pessoa que vive com menos de US$ 1,9 por dia, ou seja, uma média de R$ 290 mensal. Pessoas consideradas pobres, são as que vivem com renda entre US$ 1,9 e US$ 5,50 por dia, ou seja, uma média de 838 por mês.

Conforme os dados, em Goiânia, o crescimento de extrema pobreza foi parecido com os de outras metrópoles. Onde em 2014, esse número representava 1,6% da população na capital, em 2021, esse número saltou para 4,1%.

Desigualdade social

Ainda de acordo com os dados do Boletim Desigualdades nas Metrópoles, no ano de 2021, os 10% mais ricos da grande Goiânia ganham 13 vezes bem mais que os 40% mais pobres, com renda per capita média de R$ 420,20.

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A média de rendimento da capital e da região metropolitana ficou menor do que a média dos conjuntos das regiões metropolitanas de todo país. Neste cenário, enquanto o primeiro grupo registrou R$ 1.450, o segundo registrou R$ 1.698. Marcelo Gomes que o aumento da inflação afetou a todos.

Programas sociais em Goiânia

A prefeitura de Goiânia garante ter programas sociais e de assistência a população que vive em situação de vulnerabilidade social. Quatro edições do programa Renda Família+Mulher aprovou 2,2 mil pessoas na capital, garantindo R$ 300 por seis meses a cada beneficiária, um valor de R$ 1,8 mil. No total, a prefeitura investiu R$ 40 milhões.

Ao O Popular, a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Humano e Social (SEDHS) e Secretaria Municipal de Políticas para as Mulheres ( SMPM), informaram que mesmo se tratando de um programa emergencial, os cadastrados no Renda Família+Mulher, também foram registrados no Cadastro Único para Programa Sociais (CadÚnico).

A prefeitura disse ainda que está investindo na criação de empregos na capital. Mais de 7 mil cursos de capacitação de mão de obra, estão sendo oferecidos gratuitamente para a população, em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai). Ao todo, 4,8 mil alunos já se formaram e outros 1,5 mil estão em andamento.

Por meio do Sine Móvel, de acordo com a prefeitura de Goiânia, tem realizado busca ativa em empresas da capital com vagas disponíveis para trabalhadores da região.