O valor da passagem de ônibus do transporte coletivo de Goiânia e Região Metropolitana, que desde 2019 é fixado em R$ 4,30, não será reajustado em 2023, é o que garante o governo de Goiás em anúncio feito nesta quarta-feira (30). As prefeituras de Goiânia, Aparecida de Goiânia e Senador Canedo vão subsidiar a tarifa para que o valor não sofra alteração.
A decisão de manter o valor custeado pelos usuários é garantida pelo presidente da Câmara Deliberativa de Transportes Coletivos (CDTC) e secretário da Secretaria Geral de Governo (SGG), Adriano da Rocha Lima. Segundo ele, o provável aumento da tarifa técnica com novo cálculo a ser realizado pela Agência Goiana de Regulação (AGR) não vai causar alta para o usuário. A expectativa é que o cálculo seja feito em janeiro de 2023.
“Não sabemos ainda quanto vai ser, quanto vai aumentar o subsídio, mas independente disso vamos manter os R$ 4,30. Até porque acreditamos que não é algo que vai variar muito, dentro da ordem de grandeza. O número de passageiros aumentou nesse ano e isso diminui o valor, teve queda no combustível, a inflação ainda é alta, mas não em um valor muito grande. Vai ficar mais ou menos dentro do que esperamos”, avalia Lima.
A tarifa técnica hoje é calculada em R$ 7,26 e, com isso, o subsídio pago pelo poder público é de R$ 2,96 por passagem a ser custeada. Por ano, o poder público gasta cerca de R$ 265 milhões com estes valores. Em um cálculo básico, a estimativa é que a tarifa técnica tenha um reajuste entre 5% e 10%, o que causaria uma variação entre R$ 7,66 e R$ 7,99. Com isso, ao invés dos R$ 2,96, o valor do subsídio por cada passagem paga seria entre R$ 3,36 e R$ 3,69.