No domingo, 30, no último horário de trabalho, a Rádio Táxi Pontual encerrou sua operação, em Goiânia. O comunicado do fim da atividade foi feito pelo proprietário da empresa, Ernani Tadeu, em comunicação via Whatspp aos taxistas que participam de grupos de bate papo. Sete funcionários diretos da administração perderam o emprego e 36 veículos pararam de circular.
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A Pontual já chegou a ter 220 táxis na sua operação e, como outras empresas, viu reduzir a disponibilidade de veículos em virtude da concorrência com o UBER e, também, da implantação do sistema rotativo de táxis, alterado pela prefeitura de Goiânia.
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Tadeu explicou ao blog que o encerramento da atividade foi provocada por uma série de fatores e, a última tentativa, foi implantar um aplicativo semelhante ao principal concorrente exclusivamente para táxis. Desde dezembro passado, o serviço foi iniciado e estava em fase de expansão com preços 20% mais baratos que o táxi e custo de um real por chamada.
Taxista desde 1977, o proprietário da Pontual detalha que nunca vivenciou uma crise de tamanha proporção e efeitos. “Tinha que ter regulamentação sobre o UBER”, reclamou ele, ao citar a “concorrência desleal”. Segundo ele, a empresa vinha operando com prejuízo desde a entrada do aplicativo de transporte individual em Goiânia.
Decepcionado, Tadeu despediu-se dos taxistas e reclamou das instituições públicas de Goiânia. “Essas questões de omissões da prefeitura (de Goiânia) e por parte de promotores públicos de aceitar uma concorrência desleal, dos vereadores”, disse ele, contribuíram para o fim da empresa. Ele disse que tentou, com o aplicativo, mas não conseguiu convencer outros taxistas para entrar no sistema em concorrência com o UBER.