O presidente da Cooperativa de Serviços de Transporte Alternativo e Turismo do Estado de Goiás, Adilson Humberto, disse que existe uma conversa com o setor empresarial para que seja realizado o serviço de transporte dos funcionários das empresas em razão do decreto da prefeitura que proíbe os coletivos de circularem com passageiros em pé.
“Nós temos uma reunião com a Fecomércio, Fieg, Acieg e vários representantes de empresas e colocamos a nossa proposta de colocar as vans escolares que são regulamentadas no município de Goiânia para fazer esse serviço, o deslocamento dos funcionários de casa às empresas e vice-versa e podemos fazer isso com todas as exigências que fazemos com os alunos”, explicou Adilson na manhã desta sexta-feira (12), em entrevista à Rádio Bandeirantes.
O representantes dos profissionais deste serviço de transporte diz ainda que seus pares estão passando dificuldades devido à pandemia da covid-19. As aulas tiveram de ser suspensas e com isso as atividades desses trabalhadores foram cessadas também.
“Nós estamos nos colocando para trabalhar com a realidade de hoje. O transporte escolar ficou impossibilitado de trabalhar há mais de um ano e está hoje sobrevivendo de cestas básicas que os sindicato estava servindo, a situação é caótica”, disse.
Com o último decreto da prefeitura de Goiânia, que obriga as empresas que fazem o transporte coletivo de Goiânia a circularem com todos os passageiros somente sentados, criou-se essa possibilidade do transporte alternativo atenderem à demanda das empresas que precisam transportar seus funcionários.
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Ainda de acordo com Adilson, em Goiânia e Aparecida de Goiânia são cerca de 500 vans que estarão à disposição para realizarem este serviço junto às empresas.
“Nós temos 338 veículos cadastrados no sistema da SMT somente em Goiânia. Aparecida de Goiânia tem mais de 200, outras cidades da Região Metropolitana. Então só Goiânia e Aparecida a gente tem entorno de 500 veículos. Agora a gente um problema com os motoristas que é que quando começou essa pandemia, alguns mudaram de emprego, outros foram procurar uma maneira de sobreviver, então hoje os órgãos não têm o número a nos passar”, pontua.
O presidente explicou também que espera que as autoridades públicas possam atender às reivindicações da categoria.
“Não tivemos ainda respostas da prefeitura, mas tenho certeza que o prefeito vai nos atender, assim como nós o acolhemos na campanha política, mas essa demanda de conversar com o poder público está mais a cargo do sistema que nos rege. Então quando a prefeitura e o governo do estado nos chamarem será através da OCD”, concluiu Adilson.