O solstício de inverno é mais um fenômeno que pode ser explicado pela ciência — em meio a vastidão de mistérios que assolam o Universo. O “evento”, que acontece duas vezes por ano – no verão e no inverno – é basicamente quando um dos nossos hemisférios recebe mais luz solar do que o outro, algo gerado pelo ângulo de inclinação do planeta com seu próprio eixo em relação ao sol.
Com isso, quando o inverno começa no Hemisfério Sul – no caso nesta quarta-feira (21) – onde está a maior parte do Brasil, recebemos menos luz, inclusive fazendo com que seja este o dia mais “curto” do ano, em relação à luz solar. Ao mesmo tempo em que isso acontece no lado sul no mundo, o lado norte recebe o solstício de verão, que faz com que tenham o dia mais longo. E é assim em dezembro quando no Norte é inverno e no Sul é verão: os solstícios se invertem.
Isso acontece, como explicado acima, por que a Terra possui um ângulo de inclinação de 23º27′ em seu eixo, e essa inclinação causa uma diferença na incidência de raios solares na Terra em alguns dias do ano quando comparamos os Hemisférios Norte e Sul. Essa diferença pode ser notada no mesmo tempo em que o Sol vai se afastando da Linha do Equador.
Quando o solstício de inverno começa no Hemisfério Sul, os raios solares estão incidindo sobre o Trópico de Câncer, o que faz com que o dia seja mais longo no norte e mais curto no sul. Além disso, vale ressaltar que as situações entre os Hemisférios são sempre espelhadas. E o que isso quer dizer? Quando nós vivemos o solstício de inverno, as pessoas na outra metade do mundo estão entrando no solstício de verão.
Aliás, a partir de agora, cada dia vai ficando mais longo no Hemisfério Sul, e mais curto no Hemisfério Norte, até que o novo solstício ocorra e faça a inversão. Ainda sobre o solstício de inverno, graças a ele, esta quarta-feira (21) em São Paulo, por exemplo, fez com que o sol nascesse às 6h48 e se pônha às 17h29 (bem cedo para o padrão do Brasil). Com isso, o dia vai ter apenas 10 horas e 41 minutos e a noite 13 horas e 19 minutos. Isso vai ficando mais intenso mais ao sul.
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É por isso ainda, por exemplo, que há lugares no mundo onde se faz sol por dias ou até meses, durante parte do ano e, na outra parte, fica noite pelo mesmo período. Nos polos extremos da Terra isso é extremamente intenso. Entre outubro e março, no Polo Sul, e de abril a setembro no Polo Norte, é sempre dia, depois, graças a rotação do planeta, o ciclo se inverte e fica sempre noite nestes mesmos períodos.
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