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Coluna Alta

A maior das crises: política

 

O professor e presidente da Associação Brasileira de Ciência Política, Leonardo Avritzer, acaba de lançar o livro “Impasses da Democracia no Brasil” e, nele, argumenta que a saída da crise está na política e não na Justiça. A ideia do professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) está centrada em muita coerência, em contraposição à onda histérica de que “juízes salvadores ou heróis” vão resolver o problema do pais.

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Ele é mais um a reforçar a crítica ao “presidencialismo de coalizão” que rege a estrutura política brasileira, na gestão do Governo Federal, numa entrevista à Carta Capital. Na pesquisa do autor, desde 1994, os presidente eleitos não conseguiram, com seus partidos, ter mais que 20% dos votos no Congresso. Para isso, precisam de alianças com os outros partidos para conseguir administrar.

O Poder Executivo, recentemente, perdeu poder, cresceu o Poder Judiciário e as estruturas de investigação. No entanto, a politização do sistema judiciário tem afetado a imagem das instituições. Do Legislativo, mais que óbvio, a queda de credibilidade é vertiginosa.

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É muito coerente a visão do professor quando afirma que não existe saída judicial para a crise. Assim, qual seria o caminho? Leonardo sugere um que PT, PMDB e PSDB deveriam integrar um acordo para encontrar a saída. Mas, a opinião mais polêmica do professor é a sugestão de limitação da autonomia do Judiciário e da polícia. O debate é, ou a defesa, no entanto, repercute mal, no momento, junto à opinião pública. Afinal, é nestes poderes que os “novos heróis nacionais”.

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No ambiente de pedido de impedimento da presidente Dilma Roussef, com acirramento da luta política, com viés eleitoral, haveria condições para qualquer negociação com a liderança destes partidos? Hipoteticamente, a perspectiva apontada pelo professor somente seria possível num momento pós-conclusão do processo de impedimento e, talvez, aconteça caso a presidente Dilma continue no cargo.

É importante considerar que o desenrolar das decisões e conflitos tendem à continuidade com o julgamento das contas da presidente no Tribunal Superior Eleitoral e o julgamento das diversas ações judiciais que tentar tirar o mandato da presidente. Os políticos levaram o ambiente e as decisões para o Poder Judiciário e, agora, vão ter que aguentar.

De volta à questão inicial, a saída para a crise política, que contamina radicalmente a crise econômica, só tem um caminho: a negociação política. Negociações, assim, carece de líderes com autoridade e força. Nisso, o Brasil está carente.


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