PUBLICIDADE

Advogados de Lula explicam decisão da ONU a favor de candidatura

Lula abraça eleitores em Altos, no PI (Foto Ricardo Stuckert)

Lula abraça eleitores em Altos, no PI (Foto Ricardo Stuckert)

A decisão do Comitê de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas foi explicada pelos advogados de Luís Inácio Lula da Silva em entrevista coletiva na tarde desta sexta, 17.

PUBLICIDADE

LEIA TAMBÉM: 

Conheça os 13 candidatos a presidente da República registrados em 2018

PUBLICIDADE

Pela manhã, os advogados de Lula divulgaram nota sobre o fato político que mexeu com o ambiente político desta sexta.

Leia Também

NOTA

PUBLICIDADE

Na data de hoje (17/08/2018) o Comitê de Direitos Humanos da ONU acolheu pedido liminar que formulamos na condição de advogados do ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 25/07/2018, juntamente com Geoffrey Robertson QC, e determinou ao Estado Brasileiro que “tome todas as medidas necessárias para permitir que o autor [ Lula] desfrute e exercite seus direitos políticos da prisão como candidato nas eleições presidenciais de 2018, incluindo acesso apropriado à imprensa e a membros de seu partido politico” e, também, para “não impedir que o autor [Lula] concorra nas eleições presidenciais de 2018 até que todos os recursos pendentes de revisão contra sua condenação sejam completados em um procedimento justo e que a condenação seja final” (tradução livre).

A decisão reconhece a existência de violação ao art. 25 do Pacto de Direitos Civis da ONU e a ocorrência de danos irreparáveis a Lula na tentativa de impedi-lo de concorrer nas eleições presidenciais ou de negar-lhe acesso irrestrito à imprensa ou a membros de sua coligação política durante a campanha.

Por meio do Decreto Legislativo nº 311/2009 o Brasil incorporou ao ordenamento jurídico pátrio o Protocolo Facultativo que reconhece a jurisdição do Comitê de Direitos Humanos da ONU e a obrigatoriedade de suas decisões.

Diante dessa nova decisão, nenhum órgão do Estado Brasileiro poderá apresentar qualquer obstáculo para que o ex-Presidente Lula possa concorrer nas eleições presidenciais de 2018 até a existência de decisão transitada em julgado em um processo justo, assim como será necessário franquear a ele acesso irrestrito à imprensa e aos membros de sua coligação política durante a campanha.

Valeska Teixeira Zanin Martins

Cristiano Zanin Martins

Categorias: Destaques
Altair Tavares: