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Bolsonaro volta a criticar Enem e diz que gostaria de questão sobre ditadura

(Foto: Divulgação)
(Foto: Divulgação)

O presidente da República, Jair Bolsonaro, voltou a criticar o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) nesta quarta-feira, 24, em um evento em homenagem a escolas cívico-militares. Bolsonaro disse que, se pudesse interferir, a prova vista no domingo, 21, teria mais questões “objetivas” e também sugeriu que gostaria que o teste tivesse perguntas sobre a ditadura militar – mas sem discutir se o período foi ou não uma ditadura.

“Se eu pudesse interferir, pode ter certeza, a prova estaria marcada para sempre com questões objetivas de fato, não com questões ideológicas, como as que ainda vimos nessa prova”, disse Bolsonaro.

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Ao mesmo tempo em que nega interferência no teste, Bolsonaro falou que, pouco tempo atrás, no Enem, havia questões que “não tinham nada a ver”, mas que, aos poucos, “estamos mudando isso”

O presidente também disse que, se pudesse, adicionaria questionamentos relativos à ditadura militar no teste, porém, destacou que não iria discutir se o período foi ou não uma ditadura. “O que eu quero com isso? Não é discutir o período militar, é começar a história do zero”, explicou. “Eu queria sim colocar lá uma questão, se pudesse”, afirmou. Quem foi o primeiro general que assumiu em 1964? Foi Castello Branco. Em que data? Foi 31 de março? 1º de abril? 2 de abril ou 15 de abril?.”

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Ao responder a questão que levantou, sugeriu que a indicação de Branco ao cargo ocorreu normalmente, ignorando que, antes disso, houve um golpe e, na escolha, o militar era a única opção. “Foi dia 15 de abril, depois de uma eleição de 11 de abril, onde o Castello Branco foi votado pela Câmara e pelo Senado, e foi escolhido presidente da República, à luz da constituição de 46”, declarou.

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Sobre os demais anos de ditadura militar, posteriores a 1964, disse que “não tem governo que acerta tudo”. “Eu sou mais acusado de defeitos do que todos os governos dos últimos 100 anos”, exemplificou. Depois, citou a eleição de Rodrigo Mudrovitsch para a Corte Interamericana de Direitos Humanos, e afirmou esperar que ele arquive casos relativos ao Brasil.

Ainda, no discurso, criticou o ensino brasileiro ao dizer que há um “desvirtuamento” por parte de alguns professores que, segundo o presidente, fazem com que haja “uma militância operando em sala de aula”. Reclamou que, por isso, é difícil mudar a legislação do ensino brasileiro – sem, porém, citar as mudanças que gostaria de fazer.

Bolsonaro deu a entender que essa “militância” seria herança de um período que começou no primeiro mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2003. “Nós queremos que o menino seja menino, que a menina seja menina. E não aquele lixo acumulado de 2003 para cá, onde se falava de quase tudo na escola menos de física, química e matemática.”

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Além disso, ao falar sobre agressão física a crianças como forma de disciplina, questionou: “Quem nunca sofreu um corretivo dos pais aqui?”. Disse que ele mesmo passou por isso e, mesmo não tendo gostado na época, acredita que o ajudou a chegar até onde chegou.

Por Leon Ferrari – Estadão Conteúdo

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