Pesquisa realizada pelo Sebrae revelou que 52% dos profissionais da cadeia produtiva do café especial no Brasil estão no máximo há cinco anos trabalhando nessa área.
“O nicho do café especial é totalmente novo no país, mas o fato de agregar valor ao produto e por haver uma procura maior, pelo consumidor, por cafés diferenciados, faz com que esse mercado tenha um grande potencial de expansão”, comenta o presidente do Sebrae, Carlos Melles.
O brasileiro tem a cultura de beber café há mais de três séculos, o país também é o principal exportador do produto e agora com o surgimento de clientes e apreciadores de café mais exigentes, aparece um novo ramo, o café especial, pare ser explorado.
Ainda de acordo com o estudo dos profissionais ligados à cadeia de cafés especiais, este mercado tem ficado cada vez mais com o perfil de empreendedores jovens e com uma participação maior das mulheres, inclusive, à frente desses negócios. Os empresários desse segmento reconhecem a mudança de comportamento do consumidor e têm se preocupado mais com a origem e como o produto é produzido.
Um número que chama atenção é que, entre os produtores rurais que trabalham com cafés especiais, é que o produto já representa em média 44% da produção total. Com isso os donos de torrefação, assim como os proprietários de cafeterias, levam mais em consideração o perfil sensorial, a pontuação do café e a origem do produto do que, até mesmo, na hora de pagar.
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O novo perfil desse consumidor mais seletivo acaba se refletindo no aumento da produção de produtos orgânicos e com selo de Indicação Geográfica.
“Um quarto dos produtores de cafés especiais tem selo de IG e outros 10% já estão produzindo cafés orgânicos. A tendência é que haja um incremento desses fatores pois há um mercado consumidor mundial ávido por produtos diferenciados”, pontua Carlos Melles. .
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