Caso Wanderson Mota: taxista que fez corrida até Abadiânia se diz “assustado até agora”

O taxista que fez a corrida para Wanderson Mota, suspeito de matar três pessoas em Corumbá de Goiás, se diz assustado até agora com a situação. Sem ter o nome divulgado, o taxista transportou o suspeito de Alexânia até a cidade de Abadiânia, antes de tomar conhecimento dos crimes cometidos por Wanderson.

Ele relata que só tomou conhecimento e viu foto do suspeito procurado pela polícia, quando finalizou a corrida. Ao portal G1 Goiás, o taxista disse que desde que percebeu que tinha transportado o suspeito, não está mais saindo para trabalhar com medo de que Wanderson possa voltar. Ele evita sair de casa e tem feito poucas corridas, apenas para clientes antigos.

Ainda de acordo com o G1 Goiás, motorista relata que estranhou o fato que Wanderson estava com muita pressa em viajar e suspeitou de algumas contradições por parte do mesmo, mas mesmo assim seguiu viagem.

“Quando eu deixei ele em Abadiânia, eu olhei o celular e vi que em um grupo de mensagem alguns colegas já estavam mandando mensagens com a foto dele. Eu reconheci e passei uns dez minutos assustado. Depois eu liguei para um amigo que é policial e disse o que tinha acontecido”, disse o taxita.

Buscas por Wanderson Mota continua

Nesta quinta-feira (2), a força-tarefa que busca pelo suspeito entrou no quarto dia de procura. Wanderson é suspeito de matar a esposa grávida e sua filha a facadas, e um fazendeiro a tiros, em Corumbá de Goiás, no último sábado (27).

Wanderson admirava Lázaro Barbosa

Evandro da Costa, de 38 anos, padrasto de Raniere Figueiró, grávida e morta junto com a filha de 2 anos e 8 meses a facadas por Wanderson Mota, em Corumbá de Goiás no último sábado (27), disse que o suspeito demonstrou admiração por Lázaro Barbosa, na época.

O padrasto de Raniere revelou que Wanderson chegou em Corumbá de Goiás para morar fazia 5 meses, e nesse intervalo começou namorar sua enteada. Em um momento em que saíram juntos para beber, em uma das conversas, ele escutou a revelação de Wanderson.

”Ele falou: eu queria ser o Lázaro para ser esperto desse tanto! E eu falei que ele era doido de proteger um vagabundo, e ele disse: ”Não moço, o bicho era doidão, eu queria fugir igual ele também”, revela Wanderson.

De acordo com o padrasto de Raniere, o suspeito era calado, mas sempre fazia amizades em Corumbá de Goiás. Ele conta que todos o conheciam na boa. ”Ele sempre foi quieto, nunca foi de conversar muito, mas também não caçava inimizades”, conta Evandro.

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