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Economia

Coronavac: após Ministério da Saúde informar que imunizante ficará fora do PNI, Butantan reage

O Ministério da Saúde declarou, durante sessão da CPI da Covidd-19 na última quinta-feira (7), que não vai mais comprar vacinas Coronavac no próximo ano porque ela foi usada apenas para uso emergencial, autorizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O argumento da pasta para não comprar o imunizante desenvolvido pelo Instituto Butantan, é que a vacina ”possui baixa efetividade entre idosos acima de 80 anos”.

Dentre os imunizantes contra a Covid-19 que são administrdos no Brasil, estão Coronavac e Janssen, ambas possui somente o registro emergencial. Os imunizantes Pfizer e AstraZeneca possui registro definitivo para as vacinas contra a Covid-19. Inclusive, a própria Organização Mundial da Saúde (OMS), também autorizou o uso emergencial da Coronavac no Brasil.

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Conforme estudo realizado em idosos acima de 70 anos aponta que a Coronavac tem eficácia em média 42% para este público depois de 40 dias da 2ª dose. Valor inferior que 50,7% de eficácia encontrada nos estudos realizados pelo Butantan no Brasil.

Diante disso, na última terça-feira (5), o ministro da Saúde Marcelo Queiroga, disse que o governo só vai assinar um novo contrato com o Butantan se a Coronavac conseguir um registro definitivo junto a Anvisa.

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Butantan reage

O Instituto Butantan reagiu à ameaça da pasta. Por meio de nota, nesta quinta-feira (08/10), lamentou as informações ‘equivocadas’ em torno do imunizante e mencionou levantamentos que mostram a efetividade da vacina.

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O Instituto alega já ter enviado todos os estudos exigidos pela Anvisa para obter o registro definitivo. “Apesar de validados, a agência novamente pediu mudanças nos métodos analíticos”, ressalta o Butantan. “Com o objetivo de sanar a questão, o Butantan fechou um acordo com a Sinovac para que as análises complementares de imunogenicidade sejam realizadas em parceria com o laboratório. 

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Veja a nota na íntegra:

O Instituto Butantan esclarece que a CoronaVac tem sua efetividade comprovada em pessoas acima de 80 anos em estudos que estão sendo divulgados frequentemente em publicações de relevância internacional. A informação é equivocada, já que todas as pessoas idosas têm resposta imune inferior a outras faixas etárias, o que ocorre com todos os imunizantes. 

Uma pesquisa realizada com 60,5 milhões de brasileiros vacinados entre janeiro e junho de 2021 mostrou que a CoronaVac, vacina do Butantan e da farmacêutica chinesa Sinovac, tem uma efetividade superior a 70% para evitar casos graves, internações em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) e mortes causadas por Covid-19, inclusive entre idosos. 

Do total de pessoas avaliadas que haviam completado o esquema vacinal com CoronaVac (ou seja, tomado as duas doses), 72,6% apresentaram menor risco de hospitalização, 74,2% menor risco de admissão em UTI e 74% menor risco de morte. Em relação às pessoas entre 60 e 89 anos, a efetividade da vacina foi ainda melhor: 84,2% contra hospitalizações, 80,8% contra internações em UTI e 76,5% contra mortes. 

O Butantan já enviou o estudo com parte dos dados de imunogenicidade da CoronaVac requisitados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para que a vacina receba autorização de uso definitivo. Apesar de validados, a agência novamente pediu mudanças nos métodos analíticos. Com o objetivo de sanar a questão, o Butantan fechou um acordo com a Sinovac para que as análises complementares de imunogenicidade sejam realizadas em parceria com o laboratório. As amostras estão em trâmites legais para envio e análise no padrão requerido pela Anvisa.

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Leonardo Calazenço

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