Destaques • atualizado em 24/11/2018 às 00:35

Cruzeiros geram 30 mil empregos na temporada 2019 no Brasil

A temporada de cruzeiros no Brasil começou nesta semana com a chegada do primeiro navio a Salvador. Até abril do próximo ano, são esperados sete transatlânticos que vão oferecer, juntos, 500 mil leitos em 133 roteiros, com 585 escalas pela costa brasileira. Segundo levantamento da Associação Brasileira de Cruzeiros Marítimos (Clia Brasil), o número é 15% maior que o registrado no período 2017/2018. Além disso, para cada grupo de 15 cruzeiristas será gerado um emprego. Ou seja, a expectativa é que sejam criados mais de 30 mil postos de trabalho. 

Na avaliação do ministro do Turismo, Vinicius Lummertz, o mercado de cruzeiros no País tem grande potencial de crescimento. “O segmento está criando ferramentas para voltar a ocupar o espaço que já teve no mercado. Em matéria de políticas públicas, a atividade é prioridade estratégica da economia turística. Sabemos que cada passageiro de um grande navio chega a gastar R$ 515 por dia nas escalas. É um consumidor de turismo que estamos recuperando”, analisa Lummertz. 

Na última temporada, foram criados 27 mil empregos, com impacto econômico estimado em R$ 1,8 bilhão. “Já a temporada atual poderá ter impacto superior a R$ 2 bilhões na economia brasileira, considerando o aumento no total de cruzeiristas embarcados”, avalia o presidente da Clia Brasil, Marco Ferraz 

Os sete transatlânticos vão levar turistas para conhecer destinos como Rio de Janeiro, Santos, Búzios, Salvador, Ilha Grande, Ilhabela, Ilhéus, Balneário Camboriú, Portobelo, Cabo Frio, Recife, Angra dos Reis, Maceió, Ubatuba e Fortaleza. 

Para apoiar o segmento, até 2017, o ministério repassou R$ 261 milhões em recursos para ações que beneficiam orlas marítimas e fluviais e serviços relacionados ao turismo nessas regiões. Em setembro deste ano, um decreto presidencial aumentou de 90 para 180 dias a validade do visto dos profissionais que trabalham nos navios em viagem de longo curso. Segundo a Clia, isso afastou o risco de o Brasil ter uma temporada reduzida de 120 para 90 dias, o que traria a perda de 7 mil empregos e menos R$ 450 milhões à economia nacional 

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