Ele é funcionário de uma agência de propaganda e decidiu ser motorista do UBER em Goiânia para complementar a renda. Empolgado com a nova tarefa, ele entrou logo no início das operações, no começo de 2016. Hoje, L. (Identidade mantida sob sigilo a pedido do personagem), mostra decepção por não ter a frustrada a expectativa de ganhos e saiu da empresa. Um dos fatores principais, além do dinheiro: O medo.
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No começo, diz ele, a renda “era boa” e “dava de 6 a 7 mil por mês”, mas depois que aumentou muito o número de motoristas a receita foi caindo mês a mês e dava no máximo de “2,5 a 4 mil reais”.
Além disso, conta L., “a partir do momento que passou a UBER autorizou o recebimento em dinheiro ficou muito perigoso”. Antes o motorista sabia quem ia pegar, agora não. “Eu andava assombrado na rua” e “a UBER não dá apoio de segurança para os motoristas”, conta.
Um amigo de L., que também era motorista do UBER, viveu momentos de insegurança durante uma chamada atendida em Aparecida de Goiânia. “Ele recebeu voz de assalto, teve que passar num caixa eletrônico para sacar dinheiro para os bandidos e teve o carro levado”, relata.
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“Eu busquei ele no local que foi deixado”, preocupado com a segurança do colega. “A UBER de anda tomou providências e ele ficou no prejuízo”, conta L. sobre o caso vivido pelo colega.
Ele também sofreu um caso parecido, mas teve melhor sorte. “Peguei 3 garotos no shopping Passeio das Águas às 18h30. Na hora não suspeitei. Um deles anunciou o assalto logo após sair do shopping. Mas, encontrei uma blitz de trânsito e fui salvo pela sorte”, contou L.
O fato foi a gota d’água. L. reclamou que o lucro era muito pequeno para uma insegurança tão grande. Hoje, continua com seu emprego na agência de publicidade.
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