A fiscalização da Secretaria do Meio Ambiente do Governo de Goiás tem atuado para coibir iniciativas consideradas ilegais segundo o decreto do governador Ronaldo Caiado que suspendeu a temporada do Rio Araguaia. Desde o último dia 1º de julho, a força tarefa da Operação Evangelista realiza um conjunto de ações nas regiões turísticas no rio, combatendo a mobilização de acampamentos e estruturas, que podem ser multados. Até o momento, incluindo as questões de ilícitos ambientais, já foram lavrados na região 50 autos de infração, totalizando R$ 500 mil reais em multas.
A informação é do superintendente de Proteção Ambiental e Desenvolvimento Sustentável da Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), Robson Dizarz. Ele detalhou os resultados parciais da Operação durante entrevista concedida nesta sexta-feira, 24, em entrevista ao programa O Mundo em sua Casa das rádios Brasil Central AM e RBC FM.
Pontos específicos
Segundo Robson, a Operação Evangelista está sendo realizada pelo Governo do Estado, abrangendo a Semad e o Batalhão Ambiental da Polícia Militar, com o apoio do Corpo de Bombeiros. A fiscalização está no Vale do Araguaia desde o último dia 1º em três pontos específicos, autuando quem desrespeita o Decreto nº 9674.
Ele lembrou que, em junho último, foi realizado na região trabalho de conscientização junto aos acampamentos que já estavam montados nas praias e às pessoas que insistiam em permanecer, que foram para a beira do rio. “Agora, no mês de julho, a gente está procedendo com as autuações”, completou.
As multas aplicadas para quem está com aglomeração e estrutura de acampamento variam de R$ 1 mil a R$ 2 mil por pessoa. Também é multado quem está fornecendo estrutura de apoio aos turistas, como bares e banheiros, assim como acampamentos. São verificados ainda possíveis crimes ambientais, como pesca predatória e caça. Tudo está sendo checado pelas equipes de fiscalização, garantiu.
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Movimentação atípica
Conforme Robson Dizars, a movimentação no Araguaia está bem atípica este ano, pois grande parcela da sociedade entendeu a necessidade de não ir para a região, embora seja uma tradição do povo goiano. Mas infelizmente ocorrem algumas questões pontuais que exigem as medidas necessárias.
Indagado sobre o que é considerada aglomeração de pessoas pela fiscalização, o superintendente da Semad disse que as equipes estão checando se as pessoas são da mesma família e estão portando o teste da Covid-19. Nesse caso, não é considerada aglomeração. Acima disso, eles fazem a autuação.