Política • atualizado em 05/05/2022 às 17:42

Jayme Rincón diz que Cash Delivery foi ‘ardilosamente armada’ para derrotar Marconi Perillo em 2018

(Foto: Reprodução)
(Foto: Reprodução)

O ex-presidente da Agetop, Jayme Rincón, alvo da Cash Delivery junto com seu aliado o ex-governador Marconi Perillo (PSDB) disse, que a operação foi ‘ardilosamente armada’ com o único intúito de derrotar o ex-governador nas eleições de 2018. ”Infelizmente eles conseguiram o seu objetivo. Nós sempre tivemos muita segurança dos nossos atos e da nossa inocência”, afirma Rincón em entrevista à Rádio Bandeirantes Goiânia na manhã desta quinta-feira (5).

A operação Cash Delivery, fazia referência a recursos utilizados para a campanha de 2010 e 2014, mas só foi operacionalizada em 2018. Para Ryncón, ele e Marconi Perillo foram vítimas da maior ‘armação política da história de Goiás”.

De acordo com Ryncón, a própria delação dos executivos da Odebrecht diziam pessoalmente que em Goiás, diferente de outros estados havia sido feito a doação de caixa 2 sem nenhuma contrapartida, sem nenhum pagamento de propina ou interesse a quem quer que seja.

Segundo Ryncón, em outros estados se davam uma quantia para uma pessoa, em troca de determinado contrato. ”Aqui em Goiás não. Na própria delação eles disseram que se tratava de caixa 2 e nunca conseguiram provar a entrega destes recursos. Até porque o executivos foram pagos pela Odebrecht qundo alguém fazia essa delação”, destaca.

Ainda segundo Jayme, na delação da Odebrecht não se restringiam apenas ao ex-governador Marconi Perillo. Ele destaca que outros nomes aqui em Goiás como, o ex-prefeito Maguito Vilela, o ex-deputado Daniel Vilela, o atual governador Ronaldo Caiado e o ex-prefeito Iris Rezende. ”Todos estavam na mesma delação. O único processo que evoluiu foi o de Marconi Perillo, isso é muito estranho”, destaca.

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Ryncón afirma que a intenção era sim derrotar Marconi em 2018, uma vez que não conseguiram provar nada contra o ex-governador. ”Não só neste processo, nem em outro processo. O governador Marconi está ganhando todas as ações na justiça”, frisa o ex-presidente da Agetop.

Ryncón ainda destaca que em 2012, o senador Jorge Kajuru (Podemos-GO), insitiu ainda nessa mesma ‘tecla’ acusando Marconi sem prova. ”O Marconi já ganhou várias ações do Kajuru na justiça por injúria e por difamação. Ele [Kajuru], se tornou alvo agora do STF de mais seis inquéritos por calúnia e difamação. Até onde vai isso?” indaga Jayme.

“Eu respeito profundamente o Ministério Público, mas eu desprezo profundamente os promotores que usam de cargos Públicos para perseguir, denegrir, inventar, coagir e denunciar sem provas”, disse.

Pressionado para ‘entregar’ Marconi Perillo

Jayme Rincón disse, durante entrevista coletiva nesta semana, que sofreu pressões para ‘entregar’ o ex-governador Marconi Perillo. Ryncón destaca que na operação em Goiás, aconteceu a mesma coisa com a Lava-Jato de Curitiba.

”Lógico que quem foi detido recebeu sim pressão, recebeu propostas. Mas deixei bem claro, Marconi Perillo nunca me pediu para fazer nada de errado, e eu não teria feito. Não existe nada que eu possa falar contra o ex-governador Marconi Perillo, absolutamente nada”, completa.

Ryncón questiona: quem foi investigado como o Marconi Perillo em Goiás? Ninguém! ”Queria que estes políticos que ficam apontando o dedo para Marconi hoje, sofressem 1% das investigações que ele sofreu, tivesse os sigilos quebrados como Marconi teve. Agora é muito fácil acusar as pessoas, prove alguma coisa de errada contra Marconi Perillo, contra seu govverno e contra a mim”, destaca.

Prisão

Na ocasião, a operação culminou com a prisão do ex-governador Marconi Perillo  e de cinco aliados. Na época, Jayme Rincon, o filho e o motorista dele também foram presos. ”Eu prefiro cem culpados soltos do que um inocente preso. Você não sabe o que isso representa na cabeça de quem tem a mais absoluta segurança dos seus atos”, destaca.

”Fechamos as melhores rodovias de Goiás, Hugol, Estádio Olímpico, Centro de Convenções e Anápolis, o Autódromo, duplicações de todas as saídas de Goiânia, mais de 4 mil km de próprias rodovias, obras para todo canto de Goiás. Agora o que eu tive em troca? Foi essa acusação maldosa, inconsistente. Felizmente o STF, está recolocando a verdade nos seus devidos lugares”, completa.

Por cona dos danos morais sofrido, segundo Jayme pretende acionar o judiciário contra o Ministério Público.

Marconi Perillo nas eleições

Jayme Rincón diz ter certeza que o ex-governador Marconi Perillo estará presente em uma candidatura nas eleições em 2022. “Ele não decidiu, mas ele com certeza estará nas próximas eleições disputando a cadeira no Senado ou a recondução ao Palácio das Esmeraldas para reconstruir Goiás”, afirma.

Apesar de Marconi ainda não ter definido qual cargo tentará, Ryncón defende que ele viabilize sua pré-candidatura ao Senado Federal.“Eu acho que ele deveria disputar o Senado porque ele seria re-inserido novamente no cenário nacional. Mas vai haver uma pressão muito grande, em função da atual gestão para que o Marconi Perillo dispute o Governo”, completa.

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