Destaques • atualizado em 30/05/2023 às 03:40

Após polêmica, jogo “Simulador de Escravidão” é retirado da Play Store do Google

Imagens: reprodução/Google
Imagens: reprodução/Google

Denúncia de aplicativo racista foi feita pelo jornal O Globo ficou entre os assuntos mais comentados da internet

Após a polêmica envolvendo o jogo “Simulador de Escravidão”, o aplicativo foi retirado da Play Store, loja do Google para celulares com Android. O app, que já havia sido baixado por mais de mil pessoas, realmente simulava um jogo onde era possível ser um proprietário de escravos que precisava criar estratégias para “extrair lucros e evitar rebeliões e fugas”, por exemplo.

A descoberta, feita pelo jornal O Globo e denunciada logo depois pelo deputado Orlando Silva (PCdoB-SP), no início da tarde desta quarta-feira (24) e permanece como um dos assuntos mais comentados da internet. O flagra vem dias após polêmica envolvendo jogador brasileiro Vini Jr., do Real Madrid, que sofreu racismo de integrantes de uma torcida durante partida no campeonato LaLiga, na Espanha, e escancara como o racismo ainda está enraizado, sendo liberado como jogo por uma big tech como o Google.

O jogo “Simulador de escravidão”, por sua vez, desenvolvido pela Magnus Games, mostrava imagens em desenhos de homens negros escravos trabalhando para um homem branco, como era no tempo da escravidão. Na descrição, na loja do Google, aparece que o jogador deve “gerenciar seus escravos, mudar suas condições de vida e treiná-los”, “proteger seus escravos para evitar que escapam e se levantem” e “fazer negócios, atribuir escravos a diferentes empresas para trabalhar e gerar renda”, entre outros.

“Neste simulador de escravidão, existem 3 tipos de escravos: trabalhadores, gladiadores e escravos de prazer. Compre e venda-os. Cada escravo é adequado para um determinado negócio. Treine seus escravos para aumentar seu nível de maestria e renda”, completa a descrição.

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O aplicativo, que foi lançado em 20 de abril deste ano e já tinha mais de mil downloads, classificação livre e continha anúncios, mas, pela obviedade, jamais deveria existir e internautas afirmaram que nem conseguiram denunciar o jogo na Play Store.

Conforme publicou o jornal O Globo, os produtores do game disseram que o aplicativo foi criado apenas para “fins de entretenimento”, e que “condenam a escravidão no mundo real”. O Google, porém, não se pronunciou sobre o caso, apenas retirando o jogo da Play Store.


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