Destaques • atualizado em 06/10/2020 às 17:27

Mais de 3 mil funcionários na construção civil são contratados na pandemia

De maio a agosto, dados da Prefeitura de Goiânia mostram saldo positivo para a contratação de servente de obras na construção civil. A vaga de técnico em enfermagem é a segunda mais buscada para contratação (Foto: Tomaz Silva/EBC)
De maio a agosto, dados da Prefeitura de Goiânia mostram saldo positivo para a contratação de servente de obras na construção civil. A vaga de técnico em enfermagem é a segunda mais buscada para contratação (Foto: Tomaz Silva/EBC)

Dados da Prefeitura de Goiânia, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho, Ciência e Tecnologia (Sedetec), divulgados nesta terça-feira (06/10) mostram que, de maio a agosto, o número de admissões na construção civil chegou a 3.202 profissionais. Um saldo de mais de mil empregos no período para o cargo de servente de obras. Isso mostra o aquecimento econômico na área na Capital. Em segundo lugar, aparece a vaga de técnico em enfermagem, com 2.574 contratações durante a pandemia.

A construção civil não é a única a ter bons registros, apesar do desemprego ainda ter sido maior durante o período. O número de homens contratados é superior ao de mulheres em quase 50%. Foram mais de 30 mil contratados do sexo masculino enquanto pouco mais de 16 mil foram do sexo feminino. Pessoas na faixa etária de 30 a 39 anos tiveram mais oportunidades de trabalho, com mais de 13.720 contratações. Um pouco abaixo desse número, com 13.416, os jovens entre 18 e 24 anos ocuparam mais vagas.

Os dados da Sedetec revelam, ainda, que o nível de escolaridade dos trabalhadores mais contratados é o de ensino médio completo, com quase 30 mil vagas ocupadas. O número é muito mais elevado que o segundo colocado, com cerca de 5 mil vagas preenchidas para profissionais com nível superior completo. Na última colocação ficam os analfabetos, com apenas 164 admitidos no período.

Diante o cenário de desemprego em todo o País, o secretário da Sedetec, Walison Moreira, afirma que as medidas para a melhoria do desempenho econômico em Goiânia foram tomadas com cautela para que o retorno das atividades fosse gradual e de forma responsável. “Começamos a flexibilização maior em julho e acredito que acertamos.”Começamos a flexibilização maior em julho e acredito que acertamos. Foi um trabalho de diversas frentes, Estado e Município, por meio da Secretaria Municipal de Saúde e Gabinete de Gestão de Crise para que o enfrentamento à Covid-19 fosse efetivo. Daqui pra frente a tendência é de melhora com as contratações temporárias para as vendas do final de ano”, destaca Walison.

Dados nacionais

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O desemprego no Brasil chegou a 13 milhões de pessoas no mês de agosto, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) Covid-19, divulgada no mesmo mês pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No mês de agosto, o Brasil abriu 249.388 vagas de emprego com carteira assinada, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgado no dia 30 de setembro pelo Ministério da Economia. É o segundo mês seguido de saldo positivo.

Apesar das mais de 47 mil ocupações geradas em Goiânia com o setor da construção civil liderando, o saldo ainda é negativo se comparado ao número de demissões, que ultrapassou cerca de 50 mil pessoas.


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