Faltando ainda cerca de duas horas para o início da cerimônia de posse da deputada federal Marina Silva (Rede) para assumir, nesta quarta-feira (4), o Ministério do Meio Ambiente, uma grande fila já era formada ao redor do Palácio do Planalto, em Brasília.
Mais cedo, no mesmo local ocorreu a posse de Geraldo Alckmin (PSB), como ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços. O evento do vice-presidente da República também foi prestigiado e contou com a presença do presidente e da primeira-dama Janja.
Esta é a segunda vez que Marina é ministra do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Entre 2003 e 2008, Marina também chefiou a pasta no governo petista.
Portanto, a prioridade do novo ministério do Meio Ambiente, principalmente para a Amazônia e demais biomas do país é o combate ao desmatamento. Inclusive, Marina já criou uma secretaria extraordinária para concentrar os trabalhos relacionados ao tema.
A expectativa é que os recursos do Fundo Amazônia devem ser direcionados para o combate ao desmatamento, e isso deve acontecer de forma gradativa porque será necessária uma séria de mudanças. A equipe de Marina entende que o ministério não possui uma estrutura que consiga conter o combate ao desmatamento sem o apoio de outras áreas do governo.
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Além disso o novo ministério deve criar uma autoridade climática para que se obtenha uma estrutura técnica capaz de articular com outros ministérios. Marina prevê ainda a realização de concursos públicos, que não acontece há muito tempo. Atualmente o Ibama possui 340 servidores, antigamente, antes da gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro, o órgão contava com cerca de 1.800 funcionários.
Outras ações também devem criadas em prol do combate ao desmatamento da Amazônia como a reorganização do Conselho Nacional de Meio Ambiente e a Comissão Nacional de Biodiversidade.