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Motorista de ônibus que se envolveu em acidente na BR-153 nega problemas no freio

A concessionária Triunfo Concebra, que administra a rodovia, informou que o local "estava e mantém sinalizado". (Foto: Reprodução)

Em depoimento para a Polícia Civil, o motorista Edmar Carlos da Mota, de 31 anos, que dirigia o ônibus que caiu em uma ribanceira na BR-153, em Aparecida de Goiânia, na madrugada da última sexta-feira (24), vitimando seis pessoas e deixando 40 feridas, disse que acredita que o acidente foi provocado por falta de sinalização na pista e negou problemas no freio do veículo.

Em nota, a concessionária Triunfo Concebra, que administra a rodovia, informou que o local “estava e mantém sinalizado”. A empresa disse que há painéis eletrônicos, cones, dispositivos luminosos e viaturas com sinalização intermitente.

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Horas antes do acidente, ainda na cidade de Araguari, Minas Gerais, Edmar teria enviado áudios a um grupo de aplicativo de conversas da empresa Real Expresso, onde ele afirma que o ônibus apresentou problemas no freio, freando só de um lado. ”Então gente está indo mais no ‘sapatinho’ para evitar transtornos maiores”, afirma Edmar em áudio.

Durante o depoimento, ao ser questionado sobre os áudios, Edmar confirmou ser autor da gravação, mas detalhou que, na verdade, não havia uma falha, mas uma sensibilidade diferente entre os freios . Segundo ele, o direito estava parando com “mais intensidade” do que o esquerdo.

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Ainda de acordo com o depoimento, o motorista que dirigiu o mesmo ônibus antes de Edmar, em outro trecho, também havia constatado a mesma situação com o freio, mas que não seria um problema a ser repassado à empresa.

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A Polícia Técnico-Científica realizou uma perícia no veículo na terça-feira (28). Os resultados ajudará na investigação. Em nota, a Real Expresso disse que todos os veículos da empresa, inclusive o que se envolveu no acidente, passam por um rigoroso programa de inspeção e manutenção antes de todas as viagens.

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“O ônibus foi periciado pela perícia técnica e pela área de engenharia da empresa e todos os sistemas de segurança estavam em pleno funcionamento”, disse a empresa em nota.

Relato

Durante depoimento, Edmar relatou sobre o acidente. Ele contou que viu de longe faróis, porém, achou que seria outro veículo que estava na pista contrária e não freou. De acordo com ele, só parou quando já estavam muito perto do desvio criado por causa de uma cratera, levando o ônibus a bater em um caminhão, depois na proteção lateral da rodovia e cair pela ribanceira, até entrar parcialmente em um córrego.

Edmar disse não lembrar de bater em um veículo da Triunfo Concebra, concessionária que administra a rodovia, e o carro estava no local ajudando na sinalização.

O motorista contou que, após o ônibus descer a ribanceira, se sentiu pendurado pelo cinto de segurança, com dores, mas conseguiu se soltar e ajudar alguns passageiros a chegarem a um local seguro.

Edmar registrou que ouviu outras pessoas ligando pedindo por socorro médico e relatando o que havia acontecido.

Viagem

O ônibus saiu de São Paulo e seguia para Brasília. De acordo com a empresa, 50 pessoas estavam no veículo no momento do acidente. Ao passar pelo desvio na BR-153, por conta de uma cratera na pista, o ônibus teria batido em um carro da concessionária Triunfo Concebra, que administra a rodovia, e em um caminhão, assim, caindo em uma ribanceira, parando dentro de um córrego.

Ainda no hospital, Edmar disse que não sabia do desvio na rodovia porque segundo ele já tinha em torno de 15 dias que ele não fazia o trajeto. “Como tinha já uns 15 dias que eu não passava aqui não sabia que essa pista estava interditada. A última vez que eu passei não estava dessa forma. Porém, vim seguindo minha viagem”.

Edmar ainda conta que não viu nenhuma sinalização informando o desvio.

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Categorias: Destaques Goiânia
Leonardo Calazenço: