Em entrevista concedida ontem aos jornalistas do Roda Viva, o deputado federal e presidente da Câmara, Rodrigo Maia, comentou sobre as possíveis candidaturas à presidente em 2022. Negativou que irá se tentar dar um salto e se candidatar ao cargo. “Não sou carismático”, respondeu colocando o carisma como um fator preponderante. “Eu sou bom na articulação política. O meu perfil seria melhor no sistema parlamentarista”, pontuou.
No entanto, cravou “bons nomes” à disputa e disse que o apresentador Luciano Huck e o ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta como prováveis nomes. Seja como for, quer um DEM com candidatura própria. “Eu espero no segundo turno da próxima da eleição tenha um candidato do DEM ou ligado ao DEM. Pode ser o Mandetta, pode ser o Luciano Huck, pode ser o Doria”, pontuou.
Maia acredita que após as eleições municipais, as articulações para 2022 vão passar a ‘afunilar’. Ressaltou a necessidade de uma candidatura única dentro da centro-esquerda. “Vai chegar um caminho que eu espero que não dá pra ter 2, 3 candidatos. Aqui nesse campo, a gente pode ter um candidato [apenas]”, afirmou.
Maia revelou que estava tentado a apoiar o ex-governador do Ceará nas eleições em 2018, Ciro Gomes (PDT), mas por pressão de sua legenda teve de apoiar o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB). “”Eu coloco o Ciro Gomes no meu campo. Era o meu candidato nas Eleições de 2018, infelizmente, o DEM resolveu apoiar o governador Geraldo Alckmin, que foi um grande voto que eu dei. Não reclamo, mas eu achava que o Ciro tinha mais condições de vitória que o Geraldo, só por isso, eu tenho uma admiração pelo governador Geraldo Alckmin. Acho que todos esses, inclusive o Ciro, tem que entender que ou o Centro vai estar unido em construir um projeto alternativo as posições mais radicais à política brasileira, ou mais vamos ver um segundo turno entre PT e Bolsonaro”, concluiu.