A Polícia Civil de Goiás (PC-GO), por meio da Delegacia Estadual de Combate à Corrupção (Deccor), deflagrou na manhã desta quinta-feira (16), a Operação Parasitas, que cumpre 23 mandados de busca e apreensão por um suposto desvio de R$ 6 milhões da saúde pública durante o enfrentamento a pandemia da Covid-19 no ano passado, em Goiás e São Paulo.
De acordo com a PC, as investigações mostram indícios de um esquema criminoso que foi instalado na Organização Social Instituto Brasileiro de Gestão Hospitalar (IBGH).
A empresas de fachada registradas em nomes de laranjas foram contratadas em regime de urgência para o fornecimento de materiais hospitalares, mas, após o pagamento das despesas, foi detectado que parte do dinheiro teria retornado a pessoas ligadas diretamente aos gestores da Organização Social, em esquema de lavagem de dinheiro.
As investigações apontam também indícios de emissão de notas fiscais falsas pelas empresas de fachada para justificar o recebimento de recursos públicos.
Os agentes disseram que as irregularidades teriam ocorrido através de contratos de Gestão relacionados à administração do Hospital Municipal de Aparecida de Goiânia (HMAP), dos Hospitais Estaduais de Pirenópolis (HEELJ), Jaraguá (HEJA) e de Urgências da Região Sudoeste, em Santa Helena de Goiás (HURSO), bem como de centros médicos voltados a tratamento de pacientes de Covid-19 localizados no Estado do Amapá.
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Vale ressaltar que os hospitais de Goiás não são mais administrados pela Organização Social investigada, já que houve a revogação dos contratos de gestão.
Os crimes investigados são de Constituição de Organização Criminosa, Falsidade Ideológica, Peculato e de Lavagem de Dinheiro. As investigações tramitam na 1ª Vara dos Feitos Relativos a Delitos Praticados por Organização Criminosa e de Lavagem de Dinheiro de Goiânia. Durante a ação, 123 policiai civis colaboraram com as investigações.
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