Destaques • atualizado em 29/10/2020 às 23:16

Polícia Civil pede multa à Ifood por perfil que praticou racismo; Aplicativo aguarda decisão judicial

Mensagens racistas aconteceram no último domingo (25)
Mensagens racistas aconteceram no último domingo (25)

A Polícia Civil de Goiás ingressou nesta quinta-feira (29/10) com uma ação judicial pedindo que o aplicativo iFood seja obrigado a prestar informações consideradas relevantes pela corporação sobre o usuário que usou mensagens racistas contra um entregador em Goiânia, sob pena de multa diária. A empresa que faz a gestão do aplicativo disse que aguardará a oficialização e reiterou ser contra atitudes racistas.

De acordo com a Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Cibernéticos (DERCC), o iFood respondeu ofício da polícia com dados cadastrais que “em nada auxiliaram a investigação policial na identificação da autoria do caso de racismo”.

O caso aconteceu no último domingo (25), em Goiânia. O motoboy que trabalha em uma hamburgueria da capital foi realizar uma entrega no Residencial Aldeia do Vale. Antes dele entrar, a cliente pediu a substituição por um entregador branco. “Não vou deixar esse macaco entrar no meu condomínio”, escreveu.

O caso foi denunciado à Polícia Civil, que já abriu inquérito para apurá-lo. A defesa do Aldeia do Vale informou que os dados do suposto cliente não batem com o de nenhum morador, incluindo o endereço fornecido.

Em resposta a reportagem do Diário de Goiás, o iFood reitera que já baniu o usuário que proferiu às ofensas do aplicativo e que já repassou os dados do usuário. “A empresa segue a legislação vigente e, diante do Marco Civil da Internet, aguarda a ordem judicial que autoriza ceder demais informações de terceiros”, pontua. A assessoria de imprensa do aplicativo também ressalta que repudiam qualquer ato de racismo e “continua à disposição das autoridades para a investigação”.

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Confira o posicionamento na íntegra:

O iFood reforça que baniu o usuário cadastrado e já enviou os dados cadastrais do usuário que foram solicitados mediante ofício. A empresa segue a legislação vigente e, diante do Marco Civil da Internet, aguarda a ordem judicial que autoriza ceder demais informações de terceiros. A empresa reitera que repudia o racismo e atos de discriminação racial e continua à disposição das autoridades para a investigação.


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