A Polícia Federal (PF) enviou ao Superior Tribunal da Justiça (STJ) um pedido de prisão contra o padre Robson de Oliveira, do Santuário Basílica Pai Eterno, em Trindade. Até então, padre Robson era investigado por suspeita de desviar dinheiro da Associação Filhos do Pai Eterno (Afipe).
O caso está com o ministro-relator Benedito Gonçalves. De acordo com a defesa de padre Robson, os fatos usados para fazer o pedido são antigos e que não existe justificativa para a prisão.
De acordo com as investigações do Ministério Público de Goiás (MP-GO), o padre Robson, então reitor da Afipe, que administra o Santuário Basílica de Trindade, usou dinheiro doado por fieis para comprar fazendas, casa na praia e até um avião. No total, o prejuízo para a associação chegaria a mais de R$ 100 milhões.
Em maio deste ano, as investigações foram bloqueados a pedido do STJ. Na ocasião, o desembargador Olindo Menezes considerou que as provas usadas pelo Ministério Público durante a operação foram compartilhadas de maneira ilegal de outra apuração.
Entenda a Operação Vendilhões sobre padre Robson
Após uma investigação que apurou várias extorsões feitas por hackers contra o padre Robson, para que um suposto relacionamento amoroso dele não fosse divulgado, iniciou então a Operação Vendilhões. Ao longo da investigação, surgiu a suspeita de que o padre pagou R$ 2,9 milhões com dinheiro da Associação dos Filhos do Divino Pai Eterno (Afipe) em troca do arquivamento das mídias.
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Ainda de acordo com a decisão do STJ, os dados dessa investigação foram compartilhados, tendo sido ilegalmente utilizados pelo Ministério Público para iniciar a persecução.
Na ocasião, o Ministério Publico de Goiás cumpriu mandados de busca e apreensão em endereços ligados ao padre Robson, no mês de agosto do ano passado. Conforme as investigações, as associações criadas pelo religioso movimentaram cerca de R$ 2 bilhões em um período de dez anos.
Valores estes que era pra serem usados a construção da nova Basílica de Trindade. Mas foram desviados pelo padre para a compra de bens materiais dele.
Em dezembro do ano passado, além de padre Robson, mais 17 pessoas foram denunciadas por organização criminosa, apropriação indébita, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro.
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